Sabesp é uma empresa de economia mista, parte de suas ações são so estado e outra da iniciativa privada. Estudo recomendou que parte das ações sejam vendidas ao mercado de saneamento
Pedro Miranda Publicado em 16/10/2023, às 21h45 - Atualizado em 17/10/2023, às 01h35
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, declarou sua intenção de enviar o projeto de privatização da Sabesp à Assembleia Legislativa do estado (Alesp) nesta terça-feira (17) e realizar uma reunião com deputados da base governista para explicar minuciosamente cada aspecto da proposta.
A Sabesp, uma empresa de economia mista, tem parte de suas ações pertencentes ao estado e outra parte à iniciativa privada, sendo o governo paulista o maior acionista da companhia. O governador afirmou que a reunião com os deputados da base governista será uma oportunidade para apresentar as premissas do modelo de privatização, esclarecendo aspectos fundamentais, como a previsão de redução das tarifas e a sustentação desse cenário ao longo do tempo.
Ele também explicará como o processo de desestatização contribuirá para manter tanto o mercado da Sabesp quanto a lógica de investimento cruzado que existe atualmente. "A nossa ideia é amanhã mesmo fazer o encaminhamento para a Assembleia Legislativa," acrescentou o governador.
Tarcísio de Freitas expressou otimismo e acredita que a votação do projeto de privatização da companhia, uma das principais promessas de sua campanha, ocorrerá no final de novembro ou dezembro, antes do recesso de fim de ano do Legislativo.
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Os funcionários da Sabesp se opõem à privatização e chegaram a realizar uma greve no início de outubro para tentar interromper o processo em curso. Suas reivindicações incluem o desejo de manter a empresa pública, gerando lucro para o estado e fornecendo água de qualidade a preços justos.
Um estudo conduzido pela Corporação Financeira Internacional, vinculada ao Banco Mundial, recomendou que o estado de São Paulo venda parte de suas ações da Sabesp a investidores do mercado de saneamento. Esse movimento permitiria a redução das tarifas de água sem impactar o valor da empresa e seus acionistas.
O estudo também apontou que com a venda do controle da Sabesp, o governo poderia obter R$ 10 bilhões para investir em saneamento em áreas rurais e favelas, adiantando a meta de fornecer água e esgoto tratado a quase toda a população das cidades atendidas pela Sabesp em quatro anos.
É importante notar que o relatório não especifica por quanto tempo a redução das tarifas seria necessária, mas destaca a possibilidade de não aumentá-las e até mesmo reduzi-las. O governo do estado de São Paulo investiu R$ 45 milhões no estudo.
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