Subsídio é parte de uma nova atividade incluída na proposta da LOA. Ação do governo ocorre em meio a uma crise financeira acentuada enfrentada pelo Metrô e CPTM
O governo do estado de São Paulo, sob a liderança de Tarcísio de Freitas, reservou uma verba significativa de R$ 1,7 bilhão no projeto do Orçamento Estadual de 2024 para subsidiar o transporte metropolitano de passageiros, que inclui sistemas de trem e metrô.
Esse subsídio é parte de uma nova atividade incluída na proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA), recentemente enviada à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para análise e possível aprovação. Essa ação do governo ocorre em meio a uma crise financeira acentuada enfrentada pelo Metrô e às manifestações dos funcionários tanto da estatal como da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) contra os planos do governador de privatizar essas empresas.
No início de outubro, os servidores realizaram uma greve conjunta de 24 horas, resultando na paralisação de quatro linhas do Metrô e três da CPTM. Recentemente, em pleno feriado, três linhas de metrô sofreram uma breve paralisação devido aos protestos dos metroviários que haviam recebido advertências da direção da estatal.
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A pandemia impactou severamente a Companhia do Metrô, levando a uma redução significativa no número de passageiros. Apesar da retomada das atividades após a pandemia, as mudanças nos padrões de trabalho, incluindo o teletrabalho, resultaram em um número de passageiros que não retornou aos níveis anteriores.
A proposta orçamentária estabelece um subsídio de R$ 1,7 bilhão com a meta de atender a 835 milhões de viagens, equivalendo a um subsídio de até R$ 2 por passageiro a cada viagem. Esse recurso será direcionado para a "complementação da receita operacional do serviço de transporte metropolitano de passageiros" e inclui ações relacionadas à elaboração de estudos técnicos, monitoramento e gestão da demanda, desenvolvimento de política tarifária e gestão compartilhada do sistema de transporte metropolitano.
Vale destacar que, em São Paulo, o valor da tarifa do Metrô não cobre os custos operacionais da empresa, em parte devido ao compromisso do governo estadual de arcar com todos os custos das linhas de metrô já privatizadas. Isso resulta em disparidades no custo por usuário transportado entre o sistema público e o operado por empresas privadas.
No contexto desse cenário, o processo de privatização do Metrô continua em andamento, com a contratação de consultorias para essa finalidade.
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