Diplomas e registros profissionais apresentados por candidatos a processos seletivos das Forças Armadas estão sob suspeita de fraudes, diz site
Jean Albuquerque Publicado em 19/03/2023, às 12h34
Uma reportagem publicada no portal Metrópoles neste domingo (19) revela suspeita de fraudes em diplomas e registros profissionais em processos seletivos das Forças Armadas. Segundo site, os documentos apresentados por candidatos aprovados para cargo de técnico administrativo da Força Aérea Brasileira (FAB) entre 2017 e 2022, estão sob investigação.
Ainda de acordo com publicação, o Comando da Aeronáutica recebeu diversas denúncias que dão conta que oficiais que ingressaram a partir de seleção para o cargo de militar temporário entregaram documentos irregulares. Em alguns casos, a fraude chegou a ser comprovada e oficiais foram afastados, outros estão sendo investigados.
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O esquema fraudulento envolve a emissão de registros pelo Conselho Regional de Administração do DF (CRA-DF) sem a checagem necessária da documentação. Ainda segundo o portal, ao longo de seis anos, os diplomas de cursos técnicos chegavam aos montes para o Conselho de emissão de registros em processo seletivo das Forças Armadas, seja da FAB ou do Exército.
Também foi revelado que os certificados não possuíam numeração de registo no Ministério da Educação ou na Secretaria de Educação, condição obrigatória para emissão dos documentos. A reportagem do Metrópoles checou que as instituições que emitiram os diplomas estavam cadastradas, embora os certificados não tinham essas especificações.
Também foi revelado a denúncia acerca de todos os 208 certificados emitidos com número de série sequenciado e apresentado ao Conselho de Administração estão sendo investigados. Eles eram apresentados sem histórico escolar e em segunda via.
O Metrópoles questionou a nova diretoria do CRA-DF sobre o caso, que afirmou que só irá se manifestar com "base em fatos condenados no passado após conhecimento e análise dos documentos citados na eventual fraude de diploma”.
A respeito do caso, a nova gestão disse que as fraudes evidentes ou denúncias, logo após que são avaliadas pelo setor competente, "serão encaminhadas ao Ministério Público e à Polícia Federal, que contam com profissionais especializados na detecção de tais delitos”.
Questionada pelo portal, a FAB informou que não pode divulgar a quantidade de irregularidades que foram identificadas, por se tratar de investigações em andamento. Também há suspeita da falsificação dos diplomas para que eles fossem apresentados às Forças Armadas. "A Força Aérea Brasileira (FAB) realiza verificações rigorosas – junto às instituições de ensino e aos conselhos de classe – da documentação apresentada pelos candidatos”, afirmou.
Além de ressaltar que não coaduna com condutas que possam divergir dos valores, dedicação e trabalho para o cumprimento de sua missão institucional. Procurado pelo Metrópoles, o Exército não respondeu aos questionamentos.
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