Pesquisa revela que a maioria dos consumidores pretende aproveitar a Black Friday, que será realizada na próxima sexta (25), para antecipar as compras de Natal
Mylena Lira Publicado em 21/11/2022, às 17h12
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) teve alta em novembro e alcançou 89 pontos, o maior patamar desde abril de 2020, segundo pesquisa divulgada hoje (21) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que aplicou 18 mil questionários em todos os estados. A CNC vê o desejo de consumir impulsionado pela Black Friday, o Natal e a Copa do Mundo.
Faltam quatro dias para a Black Friday, importada dos Estados Unidos e realizada em 25 de novembro neste ano, próxima sexta-feira. Contudo, de acordo com o Mercado Livre, houve aumento de 28% nas vendas de eletrodomésticos por causa das promoções pré-evento quando comparado com o mesmo período de 2021.
Ainda segundo a empresa, que intermedia a comercialização de itens online em sua página, um quantidade maior de pessoas está disposta a comprar neste ano. Levantamento feito com mais de 10 mil clientes indica que quase 60% das pessoas que não gastaram no ano passado vão comprar em 2022. A maioria (80%) espera gastar até R$ 2 mil.
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A 5ª edição da pesquisa da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), em parceria com a PiniOn, revela que 64% dos consumidores vão aproveitar a Black Friday para comprar os presente de Natal e fim de ano de forma antecipada.
Ainda segundo o levantamento, 82% das pessoas ouvidas afirmaram que vão gastar mais do que em 2021. A preferência será por roupas (63%), eletrônicos (59%) e eletrodomésticos (49%). Além disso, a pesquisa mostra que a população está mais consciente, pois 98% disseram que vão pesquisar os preços e 93% planejou a compra.
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Entidades de defesa do consumidor orientam o cidadão para não entrar em armadilhas ao se deparar com as chamadas megaliquidações e os preços aparentemente baixos. De acordo com o advogado da Área de Relacionamento do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), David Guedes, é importante prestar atenção em três fatores durante esses períodos de promoção e grande apelo comercial.
Em primeiro lugar está o planejamento, que envolve procurar com calma pelos itens aos quais se têm necessidade para não ceder às tentações dessas promoções e acabar adquirindo itens que não precisa e ficar endividado.
O segundo ponto, segundo Guedes, é a pesquisa, que nada mais é do que verificar quais os itens desejados, a qualidade, as especificações e o fornecedor, principalmente aquele desconhecido. Sites como o ReclameAqui podem ajudar nessa tarefa.
O último ponto é a segurança. É preciso desconfiar de ofertas muito vantajosas e evitar comprar de fornecedores desconhecidos", ressalta Guedes. Eventuais denúncias podem ser feitas no Procon da cidade onde o consumidor reside ou no site da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).
O advogado destacou ainda que todas as regras do comércio em geral se aplicam para a data, como o prazo de entrega e o direito de arrependimento, que tem o prazo de 7 dias a partir do recebimento do produto. "Não tem nenhuma diferença. E o fornecedor precisa cumprir a oferta que faz, havendo qualquer problema. Se o comprador tentar resolver com a empresa e não conseguir, pode procurar os órgãos de defesa do consumidor", frisou o advogado do Idec.
*com informações da Agência Brasil
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