Ministério da Saúde passou a considerar que crianças e adolescentes completamente vacinados contra HPV após receberem dose única; Saiba mais
Jean Albuquerque Publicado em 02/04/2024, às 17h55
O Ministério da Saúde passou a considerar que crianças e adolescentes de 9 a 14 anos como plenamente vacinados contra o HPV após receberem apenas a dose única vacina. Essa mudança no esquema vacinal foi respaldada por estudos recentes e recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para combater o câncer de colo de útero associado ao HPV.
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O diretor do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Eder Gatti, explicou à TV Brasil, que a decisão foi tomada após consultas a especialistas e análise das evidências científicas. Ele ressaltou que a estratégia de dose única simplifica o processo e aumenta a adesão, o que deve melhorar a cobertura vacinal no país.
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Para garantir que mais pessoas sejam vacinadas, o Ministério da Saúde está realizando uma busca ativa por aqueles que ainda não receberam nenhuma dose da vacina, especialmente crianças e adolescentes de 9 a 19 anos. A medida visa otimizar os estoques de vacinas e garantir a efetividade da imunização.
O diretor enfatizou ainda a importância da vacinação contra o HPV como parte da rotina de imunizações, com doses disponíveis gratuitamente em todos os postos de saúde do país. Ele também alertou sobre a disseminação de notícias falsas relacionadas às vacinas, que podem prejudicar a confiança das pessoas na vacinação.
No Brasil, a imunização contra o HPV é recomendada para diversos grupos, visando proteger tanto crianças e adolescentes como adultos em situações específicas. Isso inclui meninos e meninas de 9 a 14 anos, vítimas de abuso sexual entre 15 e 45 anos (tanto homens quanto mulheres) que ainda não foram vacinados, pessoas vivendo com HIV, transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea, e pacientes oncológicos com idades entre 9 e 45 anos.
O HPV é reconhecido como a infecção sexualmente transmissível mais prevalente em todo o mundo, sendo também o principal agente causador do câncer do colo do útero. Estatísticas do Ministério da Saúde apontam que aproximadamente 17 mil mulheres são diagnosticadas com essa doença no Brasil anualmente.
Embora seja uma enfermidade prevenível, o câncer de colo do útero permanece como o quarto tipo mais comum de câncer e a quarta principal causa de morte por câncer entre as mulheres. Essa situação afeta especialmente mulheres negras, de baixa renda e com menor nível de instrução formal. A ampliação da conscientização e da cobertura vacinal pode desempenhar um papel crucial na redução desses números alarmantes.
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