A correção da prova do Enem 2023 é feita com o auxílio de tecnologia. Confira o que é levado em conta e qual cálculo é feito para chegar à nota final
Mylena Lira Publicado em 06/11/2023, às 18h02
O primeiro dia de aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023, ocorrido no último domingo (5), revelou uma ausência média nacional de 28,1%, semelhante à registrada no ano passado (28,3%). Portanto, cerca de 71,9% dos candidatos realizaram a prova do Enem 2023. Você sabe como a correção será feita?
Neste ano, foram confirmadas 3.939.242 inscrições, em comparação às 3.476.105 inscrições registradas no ano anterior - um aumento de aproximadamente 13,1% no número de inscritos em 2023. No primeiro dia de exame, os estudantes fizeram prova sobre:
Após a realização do Exame Nacional do Ensino Médio, os candidatos aguardam ansiosamente pela correção das provas para saberem se alcançaram a pontuação necessária para ingressar no ensino superior. Porém, ainda haverá um segundo dia de exame, no próximo domingo (12).
Após a conclusão das provas, o consórcio responsável pela aplicação do Enem recebe os malotes, nos quais as equipes separam e digitalizam o cartão-resposta e a folha da redação de cada candidato, todo o processo monitorado por câmeras de segurança.
A correção das provas objetivas é realizada através da tecnologia de reconhecimento do cartão-resposta. Apenas as respostas marcadas no cartão, sem emendas ou rasuras, com caneta esferográfica de tinta preta, são corrigidas. Isso é crucial para garantir a leitura óptica do cartão-resposta.
O cálculo da nota segue a metodologia da Teoria da Resposta ao Item (TRI), utilizando modelos matemáticos para representar a relação entre a probabilidade de o participante responder corretamente a uma questão, seu conhecimento na área avaliada e as características dos itens.
Esta abordagem considera a natureza específica de cada questão para diferenciar alunos com a mesma quantidade de acertos. Segundo o Inep, questões específicas são respondidas consistentemente apenas por participantes com alta habilidade, enquanto outras são comumente acertadas pela maioria.
No que diz respeito à redação, os arquivos digitalizados são encaminhados para as equipes encarregadas da correção. Cada redação é avaliada por dois avaliadores, que atribuem uma pontuação para cada uma das cinco competências. A nota final é a média aritmética das notas totais atribuídas.
Em casos de discrepância nas notas, a redação é reavaliada por um terceiro avaliador, garantindo uma média das notas mais próximas em situações em que a diferença é significativa. O resultado é disponibilizado em janeiro na Página do Participante e no aplicativo do Enem.
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O Enem é a principal porta de entrada para instituições de ensino superior, tanto no Brasil como em Portugal. As notas obtidas nas provas podem ser usadas para concorrer a vagas em instituições de ensino público, via Sistema de Seleção Unificada (Sisu), bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e financiamentos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
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