Um ponto de destaque é a variação salarial das profissões ao longo dos anos. Confira outras ocupações de destaque em termos de remuneração e as piores
Pedro Miranda Publicado em 16/10/2023, às 21h01 - Atualizado em 17/10/2023, às 15h31
Um recente levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) revelou que os médicos especialistas são os profissionais mais bem remunerados no Brasil, com salários que ultrapassam os R$ 18 mil.
O estudo, conduzido pela economista e pesquisadora Janaína Feijó, analisou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados no segundo trimestre de 2023 em todo o país.
Além dos médicos especialistas, outras ocupações de destaque em termos de remuneração incluem matemáticos, geólogos, engenheiros mecânicos e desenvolvedores de software. Por outro lado, os trabalhadores com os menores rendimentos médios são os professores de pré-escola e outros profissionais de ensino.
A análise da FGV focou em pessoas empregadas em empresas privadas que desempenham funções que requerem ensino superior, revelando as profissões com os maiores e menores salários no país.
Um ponto de destaque é a variação salarial ao longo dos anos. Por exemplo, embora os médicos especialistas tenham o maior salário da lista, houve uma queda de 13% nos seus rendimentos nos últimos anos. Em contrapartida, os desenvolvedores de páginas de internet e multimídia apresentaram a maior valorização salarial nesse período, com um aumento médio de 91% em relação a 2012.
Janaína Feijó atribui esse crescimento ao desenvolvimento tecnológico da sociedade, mas também destaca o impacto da pandemia de coronavírus. Durante a pandemia, as pessoas tiveram que recorrer à tecnologia para comprar produtos e realizar suas atividades, criando uma pressão significativa para que as empresas tornassem suas ferramentas de trabalho mais tecnológicas.
Foto: FGV IBRE/Divulgação
No entanto, os professores, apesar de apresentarem um crescimento real em seus salários ao longo da última década, continuam mal remunerados em comparação com outras profissões. Janaína Feijó ressalta que, embora haja esforços para estabelecer pisos salariais na área de educação, essas profissões continuam distantes do rendimento médio das ocupações mais bem pagas.
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