Sobre o Brasil, o estudo do banco americano Goldman Sachs diz que 23% dos empregos intelectuais estão ameaçados ou podem ser afetados
Victor Meira Publicado em 03/04/2023, às 16h00
Estudo da Goldman Sachs Global Investment Research aponta que 23% dos empregos no Brasil estão ameaçados ou expostos à inteligência artificial. O relatório também indica que a situação não é exclusiva do país, já que 29% dos empregos em Hong Kong estão ameaçados. O relatório estima que até 300 milhões de empregos podem ser automatizados por inteligências artificiais, como o Chat GPT.
De acordo com o banco americano, 18% do trabalho intelectual global pode ser informatizado, e os efeitos devem ser mais fortes nas economias desenvolvidas do que nos mercados emergentes.
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O relatório destaca que trabalhadores de escritórios correm mais riscos do que trabalhadores braçais, e que os trabalhadores das áreas administrativa e do direito devem ser mais afetados do que aqueles que exercem suas profissões de forma física ou ao ar livre, como o setor da construção civil. O estudo indica que cerca de dois terços dos empregos atuais nos Estados Unidos e Europa estão expostos a algum grau de automação da inteligência artificial, e até um quarto de todo o trabalho pode ser feito completamente pela IA.
Segundo os economistas do banco americano, caso a IA seja capaz de cumprir suas capacidades prometidas, o mercado de trabalho pode enfrentar perturbações significativas. Mesmo assim, a adoção da inteligência artificial pode aumentar a produtividade do trabalho e proporcionar um crescimento do PIB em 7% ao ano em um período de 10 anos.
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Os pesquisadores afirmam que entre 25% e 50% da carga de trabalho dos trabalhadores americanos podem ser substituídos, o que pode resultar em economias significativas nos custos de mão de obra, além de criar novos empregos e aumentar a produtividade de trabalhadores não afetados.
O Goldman Sachs lembra que os períodos de inovação tecnológica geralmente descolam os trabalhadores a curto prazo, mas criam mecanismos para o crescimento de empregos no longo prazo, como ocorreu com tecnologias anteriores, como o motor elétrico e o computador pessoal.
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