Com a deflação de 0,08% no IPCA de junho e uma variação acumulada abaixo da meta, abre-se espaço para uma possível redução dos juros
Victor Meira Publicado em 11/07/2023, às 13h29
Os dados divulgados nesta terça-feira (11) revelam uma deflação de 0,08% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho. Além disso, a variação acumulada nos últimos 12 meses atingiu o patamar de 3,16%, abaixo da meta estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) de 3,25%.
Essas informações abrem espaço para uma possível redução da taxa de juros, com potenciais impactos positivos na economia.
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Uma pesquisa conduzida pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) revelou que todos os participantes entrevistados esperam que o Banco Central inicie um processo de redução da taxa de juros durante a próxima reunião do Copom, agendada para os dias 1 e 2 de agosto.
A previsão é de um primeiro corte de 0,25 ponto percentual, seguido por cortes de 0,50 ponto percentual nas reuniões subsequentes.
A ata da última reunião do Copom indica que pode ter um movimento de queda em um “um processo parcimonioso de inflexão".
O Boletim Focus, que reúne as expectativas das maiores instituições financeiras do país, também estima que patamar atual de juros irá. No relatório dessa semana, o mercado financeiro espera que a Selic encerre o ano de 2023 na casa dos 12% ao ano, bem abaixo do atual patamar de 13,75%.
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A redução da taxa de juros traz consigo expectativas de crescimento econômico. O Boletim Focus desta semana já prevê um aumento no Produto Interno Bruto (PIB) de 2,19%, em comparação com a previsão de um mês atrás, que era de 1,84%.
Com a diminuição dos juros, espera-se um estímulo para o consumo, investimentos e crédito, impulsionando diversos setores da economia.
Com a deflação registrada em junho e uma variação acumulada abaixo da meta, a perspectiva de uma redução gradual da taxa de juros se fortalece. A expectativa é de que o Banco Central inicie esse processo em agosto, visando impulsionar o crescimento econômico. Os resultados positivos esperados refletem a confiança dos agentes econômicos na eficácia dessa medida para impulsionar a atividade econômica do país.
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