Total acumulado por milionários também subiu, atingindo a impressionante marca de 86,8 trilhões de dólares, um aumento de 4,7% em relação ao ano anterior
Pedro Miranda Publicado em 05/06/2024, às 23h57
Um estudo recente da consultoria Capgemini, divulgado nesta quarta-feira (5), revela que a quantidade de pessoas ricas no mundo atingiu um novo patamar histórico, assim como o valor de suas fortunas. Segundo o "World Wealth Report", o número de milionários, definidos como indivíduos com um patrimônio líquido superior a um milhão de dólares, excluindo a residência principal, cresceu 5,1% em 2023, alcançando 22,8 milhões de pessoas.
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O total acumulado por esses milionários também subiu, atingindo a impressionante marca de 86,8 trilhões de dólares, um aumento de 4,7% em relação ao ano anterior. Este valor é o mais alto já registrado desde o início da série histórica da Capgemini, iniciada em 1997.
O principal fator para o crescimento das fortunas foi o desempenho positivo das bolsas de valores globais. Em 2023, o índice Nasdaq dos Estados Unidos teve um aumento de 43%, enquanto o S&P 500 avançou 24%. Na Europa, o CAC 40 de Paris e o DAX de Frankfurt subiram 16% e 20%, respectivamente.
A Capgemini atribui esse crescimento ao boom do mercado de tecnologia, impulsionado pelo entusiasmo em torno da inteligência artificial generativa e seu potencial impacto econômico. Vale ressaltar que 2022 foi um ano desafiador, com uma queda significativa no patrimônio dos mais ricos, a maior em uma década, devido ao declínio das cotações.
A América do Norte liderou o crescimento no número de milionários, com um aumento de 7,1%, seguida pela Ásia-Pacífico e Europa. A região também viu um crescimento de 7,2% no valor total das fortunas.
A crescente concentração de riqueza e as desigualdades resultantes têm sido tema de intensos debates sobre a tributação das grandes fortunas. No âmbito do G20, países como Brasil e França propõem a adoção de um imposto mínimo global sobre grandes patrimônios.
A ideia é que, se os 3 mil bilionários do mundo pagassem ao menos 2% de suas fortunas em impostos sobre a renda, poderia haver um incremento de 250 bilhões de dólares na arrecadação global.
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