De acordo com cálculo realizado pelo Dieese, o salário mínimo ideal em setembro para família suprir necessidades básicas deveria ser de R$ 6.280,93
Jean Albuquerque Publicado em 05/10/2023, às 16h42
Segundo cálculo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que realiza uma pesquisa mensal sobre os valores da cesta de alimentos, o salário ideal em setembro deveria ser de R$ 6.280,93.
Esse levantamento é feito tendo como base o preço da cesta mais cara, que em setembro foi a de Florianópolis. Além disso, também é considerado a premissa constitucional de que o salário mínimo deve suprir as necessidades básicas de uma família.
Essas necessidades incluem alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. O valor do salário mínimo ideal calculado pelo Dieese representa aproximadamente 4,76 vezes o valor do salário mínimo oficial, que estava em R$ 1.320,00.
Essa estimativa do Dieese reflete a necessidade de um salário mínimo mais elevado para garantir uma vida digna e atender às demandas básicas das famílias brasileiras, considerando as variações de custo de vida em diferentes regiões do país.
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O preço da cesta básica no país caiu em 14 capitais das 17 pesquisadas pelo Dieese, que realiza uma pesquisa mensal sobre os valores da cesta de alimentos. No mês de setembro as maiores quedas ocorreram em Brasília (-4,03%), Porto Alegre (- 2,4%) e Campo Grande (-2,3%).
Por outro lado, algumas capitais apresentaram aumentos nos preços dos alimentos básicos, com destaque para Vitória, que teve um aumento de 3,1%, seguida de Natal, com 3%, e Florianópolis, com 0,5%.
Florianópolis se destacou como a capital com o maior custo agregado para a cesta básica, chegando a R$ 747,64, seguida por Porto Alegre (R$ 741,71), São Paulo (R$ 734,77) e Rio de Janeiro (R$ 719,92). As menores despesas foram registradas em Aracaju (R$ 532,34), João Pessoa (R$ 562,60) e Recife (R$ 570,20).
Ao comparar os preços da cesta básica de setembro de 2023 com o mesmo mês do ano anterior, observamos uma queda em oito capitais, variando de -4,9% em Campo Grande a -0,3% em Porto Alegre. Além disso, nove capitais apresentaram aumento nos preços, com maiores percentuais em Fortaleza (3,1%), Natal (3%) e Aracaju (2,6%).
No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, de janeiro a setembro, o custo da cesta básica caiu em 12 capitais, com quedas expressivas em Goiânia (-10,4%), Campo Grande (-9,2%) e Brasília (-9,1%). Em contrapartida, os maiores aumentos foram registrados em Natal (2,5%), Aracaju (2,1%) e Recife (0,9%).
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