Salário mínimo proposto por Lula pode ser quatro vezes maior do que o apresentado por Bolsonaro

O novo valor do salário mínimo proposto por Lula ainda está análise e não tem expectativa de quando ele entrará em vigor

Victor Meira   Publicado em 11/01/2023, às 12h49

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Depois de quatro anos, o salário mínimo voltará a ter um aumento real com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O valor proposto pelo novo governo é quatro vezes maior do que o apresentado pelo governo anterior de Jair Bolsonaro, que é de R$ 1.302. Inclusive, este valor ainda está em vigor. 

A tendência é um reajuste para R$ 1.320 em 2023. Ele já foi aprovado pelo Congresso Nacional em dezembro, mas aguarda a aprovação do presidente Lula para ser publicado no Diário Oficial (DOU).

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Se este valor prevalecer mesmo, ele estará R$ 38 acima do piso, o que sugere um valor quatro vezes maior do que o aumento real apresentado no primeiro ano de governo Bolsonaro. 

O aumento real do piso salarial ficou bem acima da inflação de 2022, que acumulou uma alta de 5,79% nos últimos 12 meses, conforme indica o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em 2019, o salário mínimo ajustado subiu para R$ 998 em janeiro daquele ano, com uma alta de apenas R$ 8 acima da inflação, que apresentou uma alta acumulada de 3,75% nos 12 meses anteriores. 

Se não tiver um novo aumento no piso, o atual salário ainda representa um aumento real de cerca de R$ 20, ainda mais de duas vezes maior do que o aprovado no primeiro ano do governo Bolsonaro.

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Por que o salário mínimo de Lula ainda não foi aprovado?

Apesar do anúncio do governo Lula de aumentar o salário mínimo para R$ 1.320, ainda não está certo quando ele entrará em vigor. Segundo o Estadão, há a expectativa do governo esperar até maio para reajustar o salário mínimo para este valor. 

A justificativa do salário mínimo é pela necessidade de avaliar os gastos do novo governo para monitorar a folha de pagamentos do INSS e entender como o reajuste de Bolsonaro se ajusta ao orçamento. 

O reajuste envolve um custo adicional de R$ 7,7 bilhões além do Orçamento previsto para 2023. O valor ainda é maior do que os R$ 6,8 bilhões de gastos adicionais previstos pela PEC da Transição.

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