São Paulo retoma uso obrigatório de máscaras em transporte público

Governo de São Paulo informa que nos últimos 14 dias, o número de internados em UTI com covid-19 cresceu 97,5%. Por isso, a recomendação do uso obrigatório de máscaras

Victor Meira   Publicado em 24/11/2022, às 23h44

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Em virtude do aumento do número de casos de covid-19, o governo do estado de São Paulo e a Prefeitura SP decidiram retomar o uso obrigatório de máscaras no transporte público a partir do próximo sábado (26). Além disso, o executivo estadual ainda orienta que essa medida seja adotada em todas as cidades do estado. 

Em nota, o governo estadual paulista destaca a importância de manter o ciclo vacinal completo para assegurar maior proteção contra o coronavírus. O documento ainda reforça que essa é a única forma de amenizar os efeitos do vírus. 

O Conselho Gestor da Secretaria Estadual de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde informa que nos últimos 14 dias houve um crescimento de 156% e 97,5% de internações em leitos de enfermaria e UTI, respectivamente. Dessa forma, o estado atingiu uma média diária de mais de 400 novas internações.

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“A velocidade de aumento de internações (5% ao dia para pacientes em UTI e 7% por dia para pacientes em enfermarias) e taxas de ocupação de leitos de UTI (44% no Estado de São Paulo e 59% na Região Metropolitana de São Paulo) é acentuada e começa a pressionar os sistemas de saúde público e privado”, diz o conselho.

Além do aumento do número de casos na Grande São Paulo, o governo de SP aponta uma alta considerável no interior e no litoral. Sem contar o número crescente de profissionais de saúde se afastando do trabalho por estarem infectados por covid-19.

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Máscaras voltam a ser obrigadas em SP: veja as recomendações do Conselho Gestor

Diante deste quadro, o Conselho Gestor faz as seguintes recomendações em sua nota:

  1. Reforçar com maior ênfase a necessidade de que todos os adultos com mais de 18 anos recebam as doses de reforço das vacinas. Ainda são 10 milhões de adultos que não tomaram a 1a dose de reforço e 7 milhões sem a 2a dose de reforço, e a necessidade de aumentar a cobertura vacinal de crianças e adolescentes. Tem sido observado aumento de internações nesse grupo populacional e a vacinação é necessária e segura para proteger nossas crianças e adolescentes.
  2. Reforçar a necessidade de disponibilidade de tratamento com antivirais a pessoas com covid-19 com sintomas leves ou moderados, especialmente nos grupos vulneráveis para evitar quadros graves que possam levar a internação e eventualmente a perda de vidas.
  3. Reiterar a recomendação de volta da obrigatoriedade de utilização de máscaras em situações de maior risco de transmissão do vírus, notadamente no transporte público, reforçando a necessidade de uso obrigatório de máscaras em serviços de saúde, incluindo farmácias, onde há maior probabilidade de pessoas sintomáticas procurarem testagem e medicamentos sintomáticos para quadros gripais.
  4. Recomendar o uso de máscaras para os grupos populacionais mais vulneráveis, incluindo os mais idosos e pessoas com comorbidades”.

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