SUS amplia acesso à saúde da mulher: novo teste de HPV beneficia milhões de brasileiras

Ministério investiu R$ 18 milhões para testar a eficácia dessa nova abordagem. Câncer de colo do útero permanece uma das principais causas de morte entre mulheres

Pedro Miranda   Publicado em 08/03/2024, às 19h39

Divulgação/Testefy

O Ministério da Saúde anunciou a incorporação de um teste inovador para detecção de HPV ao Sistema Único de Saúde (SUS), com tecnologia de testagem molecular para identificação do vírus e rastreamento do câncer do colo do útero. A portaria, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (8), representa um avanço significativo na prevenção e diagnóstico precoce dessa doença.

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Em um projeto-piloto realizado em Pernambuco ao longo de 2023, o ministério investiu R$ 18 milhões para testar a eficácia dessa nova abordagem, que agora será expandida para todo o território nacional.

Conforme o ministério, além de ser mais eficaz na detecção precoce, o teste permite um intervalo de realização mais espaçado, recomendado a cada cinco anos, em comparação com o atualmente utilizado, o Papanicolau, que requer testes a cada três anos.

Câncer de colo do útero permanece uma das principais causas de morte entre mulheres

O HPV é reconhecido como a infecção sexualmente transmissível mais comum globalmente e o principal causador do câncer de colo do útero. Estima-se que aproximadamente 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença no Brasil anualmente.

Apesar das alternativas de prevenção disponíveis, como vacinação e uso de preservativos, o câncer de colo do útero permanece uma das principais causas de morte entre mulheres, especialmente na região Norte do país.

A testagem de HPV, recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerada essencial para a detecção precoce desse tipo de câncer e está alinhada com as metas de saúde pública para sua eliminação até 2030.

A decisão de incorporar essa tecnologia ao SUS foi avaliada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias, que a considerou mais precisa do que as opções atualmente disponíveis no sistema público de saúde.

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