Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou, nesta segunda-feira (31) privatização da Sabesp com oferta pública de ações
Jean Albuquerque Publicado em 01/08/2023, às 14h51
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou, nesta segunda-feira (31), que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) passará por uma oferta pública de ações no modelo de follow-on.
O intuito é atrair acionistas de referência, além da manutenção do Estado com a participação minoritária. O comunicado ocorreu após reunião do governo com o Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização.
Para Tarcísio, os investimentos irão beneficiar 10 milhões de pessoas no Estado, o que inclui os residentes em áreas rurais e de ocupações urbanas irregulares. "Vamos antecipar a universalização do saneamento de 2033 para 2029".
Ele afirma que a privatização irá permitir que a universalização do saneamento ocorra quatro anos antes da meta do Novo Marco do Saneamento no Estado, "trabalhando na redução da tarifa e transformando a empresa em uma prestadora de serviços para toda a América Latina”, acrescenta.
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De acordo com o governo, estudos conduzidos pela International Finance Corporation (IFC), uma instituição do Grupo Banco Mundial, a operação de desestatização permitirá uma redução imediata na tarifa de água e esgoto.
Com isso, estima-se que a Sabesp, maior companhia de saneamento da América Latina e uma das cinco maiores do mundo, garanta R$ 66 bilhões em investimentos para universalizar o acesso à água e ao esgoto tratado nos 375 municípios que ela atende, incluindo áreas urbanas irregulares e rurais que atualmente não são contempladas.
A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, afirmou que o modelo escolhido busca alcançar os benefícios identificados e atrair investidores comprometidos com o avanço do setor de saneamento.
Segundo a pasta, a expectativa é que a empresa contribua ainda mais para superar desafios históricos e se torne um exemplo de sucesso no cenário nacional.
Além disso, a operação incluirá a modernização das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) e Estações de Tratamento de Água (ETAs) em toda a área de cobertura da Sabesp, bem como a instalação de duas usinas de dessalinização de água nos municípios litorâneos de Guarujá e Ilhabela.
Ainda segundo o governo, o objetivo é que a empresa se torne uma plataforma de serviços com atuação em âmbito nacional e continental, considerando que atualmente ela é responsável por atender 28 milhões de pessoas.
Segundo o portal oficial do governo de SP, o plano de ação no novo modelo de mercado da Sabesp tem como objetivo alcançar avanços significativos na redução de perdas e fortalecer a resiliência hídrica em São Paulo.
Além disso, o estado busca obter recursos adicionais para modernizar a infraestrutura e viabilizar o programa IntegraTietê, que consiste em uma série de medidas de curto, médio e longo prazo para benefício do maior rio paulista.
Por mais que o governo de SP garanta no primeiro momento a redução da tarifa de água e esgoto, o que pode impactar positivamente no valor da conta de água, os exemplos de estatais que deixam de ter o controle do estado mostram o oposto.
A exemplo da privatização da Eletrobras, na qual especialistas preveem um aumento das tarifas de energia já nos próximos anos e tantos outros exemplos que apontam para uma tarifa mais cara após a desestatização.
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