Tarcísio e Lula conversam após polêmica com empresa ucraniana de aviação

Após a divulgação de que a empresa estatal ucraniana de aviação, Antonov, teria desistido de investir 50 bilhões de dólares no Brasil devido a declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador Tarcísio de Freitas conversou com o líder petista por telefone na noite desta quinta-feira (27).

A conversa, divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmada pelo Metrópoles, teria ocorrido de forma amistosa e serviu para apaziguar os ânimos. O secretário de Relações Internacionais do governo paulista, Lucas Ferraz, foi criticado por integrantes do governo por causar mal-estar com o governo federal.

A Antonov divulgou uma nota afirmando que a reportagem sobre a suposta desistência não é o posicionamento oficial da empresa. O governo federal divulgou uma nota dizendo que a informação sobre a desistência do negócio devido à fala de Lula era falsa e que o suposto investimento correspondia a um quarto do PIB da Ucrânia, estimado em 200 bilhões de dólares pelo Banco Mundial.

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Reportagem afirmava que a gigante da aviação teria desistido do investimento no Brasil

A Antonov informou que não tem um representante autorizado no Brasil e que não concedeu a nenhuma pessoa, incluindo escritórios de advocacia, qualquer autoridade para representar os interesses da empresa.

A reportagem da CNN Brasil afirmava que a gigante da aviação teria desistido do investimento após Lula dizer que Rússia e Ucrânia “não querem parar” a guerra, em uma viagem aos Emirados Árabes Unidos, há duas semanas.

Conforme a reportagem, o governo paulista teria interrompido as negociações com a Antonov após as declarações de Lula. O secretário Lucas Ferraz teria discutido o tema com emissários da estatal ucraniana, representados por um advogado e uma empresa de consultoria.

Integrantes do governo paulista acreditam que os representantes ouvidos pela secretaria não são da Antonov e que Ferraz teria sido vítima de um golpe. A Secretaria de Relações Internacionais do governo paulista não se posicionou sobre o caso.

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