Ministério da Saúde incluiu novo grupo de pacientes para receber vacina contra HPV; pessoas com papilomatose respiratória recorrente serão beneficiadas
Jean Albuquerque Publicado em 29/04/2024, às 19h40
Um novo grupo de pacientes foi incluído como público-alvo para a vacina contra HPV, se trata de pessoas com papilomatose respiratória recorrente, que passa a ter prioridade para receber o imunizante.
A medida adotada pelo Ministério da Saúde, impulsionada por evidências que destacam os benefícios da vacina como um complemento terapêutico para essa condição específica.
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Além dos pacientes com papilomatose respiratória recorrente, a vacinação contra o HPV é recomendada para diversos grupos, incluindo meninos e meninas de 9 a 14 anos, vítimas de abuso sexual entre 15 e 45 anos, pessoas vivendo com HIV, transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea, e pacientes oncológicos entre 9 e 45 anos.
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A vacinação para esse grupo será disponibilizada mediante prescrição médica, com a exigência adicional de consentimento dos pais ou responsáveis para pacientes menores de 18 anos.
A papilomatose respiratória recorrente é uma condição pouco comum, porém pode causar significativo impacto clínico e psicológico tanto em crianças quanto em adultos, caracterizada pela formação de verrugas, especialmente na laringe.
Originada pela infecção pelo HPV, particularmente pelos tipos 6 e 11, essa enfermidade demanda intervenção cirúrgica para remoção das verrugas, e mesmo com tratamentos complementares, as recidivas são frequentes e podem ser agressivas, especialmente em crianças, tornando o tratamento custoso, doloroso e, muitas vezes, ineficaz.
A estratégia de vacinação em dose única, implementada desde fevereiro, visa reforçar a proteção contra o câncer de colo de útero e outras complicações associadas ao HPV, incluindo a papilomatose respiratória recorrente.
Para complementar as iniciativas de prevenção, o SUS incorporou um teste molecular para detecção de HPV em mulheres, classificado como inovador, permitindo um rastreamento mais eficaz do câncer do colo de útero com intervalos de cinco anos, em comparação com o teste de Papanicolau, que requer testes a cada três anos.
Considerando o impacto significativo do HPV como a infecção sexualmente transmissível mais comum é o principal fator de risco para o câncer de colo de útero, essas medidas representam avanços importantes na prevenção e no controle dessa doença, que ainda afeta desproporcionalmente mulheres negras, de baixa renda e com menor nível de escolaridade.
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