Pesquisa elaborada pelo Nupens/USP e Fiocruz aponta para custo de R$ 225,7 milhões para o SUS com obesidade infantojuvenil entre 2013 e 2022
Jean Albuquerque Publicado em 03/06/2024, às 18h55
Entre 2013 e 2022, a obesidade infantil gerou um custo de R$ 225,7 milhões para o SUS, um valor alarmante que tende a aumentar significativamente nas próximas décadas. Os dados são da pesquisa do Instituto Desiderata, Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens/USP) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Apesar das internações por obesidade como causa primária representarem apenas R$ 5,5 milhões, os custos indiretos são imensos, incluindo tratamentos a longo prazo para doenças crônicas como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos.
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A obesidade infantil é uma doença complexa com raízes em diversos fatores, incluindo alimentação inadequada, falta de atividade física, tempo excessivo em frente às telas e fatores socioeconômicos.
O consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em calorias, gorduras saturadas e açúcares, é um dos principais vilões, mas não o único. A falta de acesso à prática de esportes e lazer também contribui significativamente.
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As crianças com obesidade apresentam maior risco de desenvolver doenças crônicas na infância, como diabetes tipo 2, hipertensão, asma, apneia do sono e distúrbios metabólicos.
Além disso, a obesidade infantil é um forte preditor de obesidade na vida adulta, aumentando exponencialmente o risco de doenças graves como diabetes, doenças cardíacas e alguns tipos de câncer.
Segundo a pesquisa, é crucial fortalecer e ampliar as políticas públicas de controle e combate à obesidade infantil no Brasil, incluindo:
O problema da obesidade infantil não se limita ao Brasil. A World Obesity Federation estima que, até 2035, 750 milhões de crianças e adolescentes estarão com sobrepeso ou obesidade, representando um cenário alarmante para a saúde pública global.
Combater a obesidade infantil é um investimento no futuro da saúde da nação. Ao agirmos agora com medidas efetivas e abrangentes, podemos garantir um futuro mais saudável para as crianças e adolescentes brasileiros, diminuindo os custos com o sistema de saúde e construindo uma sociedade mais próspera e resiliente.
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