A inflação é um problema do Brasil e no mundo, mas tem um país da América do Sul que não sofre deste problema. Confira quem é ele!
Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br Publicado em 10/06/2022, às 17h49
Se você já se envolveu em algum debate sobre política no Brasil, certamente ouviu ou comparou a situação do país com os outros países da região, como a Argentina ou a Venezuela. Em muitos casos, é usada a questão da inflação para demonstrar o seu ponto de vista, uma vez que o aumento nos preços constantes é uma realidade para o nosso bolso.
Mas, você já pesquisou os dados dos nossos vizinhos para debater a questão? Para te ajudar nisso, o JC Concursos fez levantamento sobre a taxa de inflação de todos os países da América do Sul. Em nossa pesquisa, desconsideramos apenas a Guiana Francesa, por se tratar de um território ultramarino da França e os seus dados são vinculados a para a segunda principal economia da União Europeia (UE).
O primeiro colocado não é uma surpresa. A Venezuela é o país com a maior inflação do sub-continente, com uma taxa de 222,3%. Isso mesmo, uma inflação de três dígitos. Olha que a taxa ainda diminuiu ao comparar com os resultados de março, que eram de 284%.
Apesar do país ter a maior reserva de petróleo do mundo, cujo preço subiu consideravelmente com a Guerra na Ucrânia, os venezuelanos não conseguem se livrar da crise econômica que já dura praticamente uma década.
Na segunda posição, aparece um dos menores países deste lado do mundo, o Suriname, com 59,8%. Em seguida aparece outro país bastante citado, a Argentina. Os argentinos têm uma taxa de 58%.
Para muitos, inflação e Argentina já tem um casamento bem extenso. Afinal de contas, o país sofre com ela há mais de 30 anos e já derrubou presidente, promove troca constantes de governo e a situação continua praticamente a mesma.
Os economistas explicam que este fenômeno é a mistura de dois fatores no país: moeda local fraca e falta de controle nos gastos do governo.
Coincidentemente, os dois principais países com a taxa de inflação mais alta são governados pela esquerda. Mas, o país com a taxa mais baixa, e disparado, também é de esquerda, a Bolívia. Os bolivianos têm uma taxa anual de apenas 0,79% acumulada nos últimos 12 meses.
Para efeito de comparação, o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o indicador oficial do Brasil, do mês de março sozinho foi de 1,63%, bem acima da taxa anual boliviana.
O que explica estes resultados? Segundo uma reportagem da BBC, a Bolívia conseguiu controlar a taxa de inflação por dois motivos: taxa de câmbio fixa, subsídios do governo.
Com a taxa de câmbio fixa, os bolivianos conseguem negociar dólares com mais facilidade, uma vez que o valor não varia por causa dela. Assim, o valor da moeda continua forte dentro da Bolívia.
Além disso, por causa da crise de alimentos pelo mundo, o governo federal, liderado pelo socialista por Luis Arce, está subsidiando os preços dos alimentos e combustíveis. Logo, não há variações nos preços dos produtos no país.
Confira a lista completa da taxa de inflação dos países da América do Sul:
País | Taxa de inflação |
Venezuela | 222,3% |
Suriname | 59,8% |
Argentina | 58% |
Paraguai | 11,80% |
Brasil | 11,73% |
Chile | 11,05% |
Uruguai | 9,37% |
Colômbia | 9,07% |
Peru | 8,78% |
Guiana | 7,46% |
Equador | 3,38% |
Bolívia | 0,79% |
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