Campanha salarial do Judiciário

Campanha teve a publicação de uma Carta Aberta à População do Estado de São Paulo.

Redação   Publicado em 20/07/2009, às 16h27

Fato marcante na campanha salarial dos servidores do Judiciário foi a divulgação de uma Carta Aberta à População do Estado de São Paulo.

           

Vamos reproduzir, em seguida, alguns trechos desse documento, elaborado pelas 21 entidades representativas da categoria.

           

“Nós, servidores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, vimos a público denunciar o descaso que temos sofrido nos últimos anos tanto pela direção do Tribunal quanto pelo governo do Estado. O Tribunal não está cumprindo o que determina a Constituição Federal nem a Lei por ele encaminhada à Assembléia Legislativa que determina a reposição anual da inflação na data-base de primeiro de março”.

           

“No Judiciário hoje, tramitam milhões de processos, as varas estão sobrecarregadas, os espaços de trabalho estão desaparelhados e faltam mais de 15.000 funcionários. Essas péssimas condições de trabalho atingem diretamente a população que busca seus direitos na Justiça, como crianças, adolescentes, famílias, idosos, mulheres vítimas de violência. O atendimento de uma criança vítima de violência pode chegar a seis meses para ser iniciado.”

           

“Há um jogo de empurra-empurra entre o presidente do Tribunal e do Governador Serra para liberar verba para reposição salarial. Enquanto isso, os servidores ficam à mercê dos empréstimos bancários: sem dinheiro para pagar as contas de aluguel, impostos, luz, água, telefone, plano médico, escola. Assim como você, cidadão, o servidor tem família e precisa receber de acordo com o trabalho que realiza”.

           

“O caminho do governo do Estado e do Poder Judiciário Paulista é a terceirização com precarização dos serviços públicos, que todos pagamos através de altos impostos. Com isso, as nossas necessidades, seja na educação, saúde, segurança pública, justiça e habitação estão deixando de ser supridas e a população é quem perde e sofre. E o governo tenta através da mídia colocar a culpa nos servidores como se fosse dos servidores a culpa pela ineficiência dos serviços prestados”.