A assinatura com o Cespe, organizador do concurso, é o último embargo formal antes da divulgação dos editais, que oficializarão a abertura de oportunidades para candidatos de níveis médio e superior
Reinaldo Matheus Glioche Publicado em 24/07/2013, às 12h13
A probabilidade do novo e aguardado concurso para ingresso nos quadros do Banco Central do Brasil (Bacen) ter seus editais para procurador e analista e técnico divulgados nos próximos dias é muito grande. Embora o órgão reitere que dispõe de prazo até 25 de setembro para a divulgação dos editais, toda a movimentação do Bacen sugere que o fim de julho é mesmo a meta do órgão.
Oficialmente, a instituição assevera que após assinado o contrato com o Cespe, a empresa escolhida para organizar o concurso, o que ainda não ocorreu, os editais seriam publicados em até 30 dias. O que não quer dizer que não possam ser liberados em uma semana. Via de fato, o Cespe já está confirmado, conforme noticiado em primeira mão pelo JC&E, há um mês como organizador do concurso. Na última sexta-feira (19), saiu no Diário Oficial da União o extrato de dispensa de licitação ratificando o Cespe como organizador da seleção para procurador, o que na prática confirma outra informação antecipada pelo JC&E de que seria um edital para procurador e outro para analista e técnico.
Ainda que não haja um posicionamento mais claro do Bacen em relação à liberação dos editais, é razoável supor que haja poucos ajustes a serem procedidos junto ao Cespe que embarguem a divulgação dos editais.
Outro forte indício dessa conjuntura é a informação concedida por Sérgio da Luz Belsito, diretor executivo do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal). De acordo com ele, o Bacen trabalhava para que fosse possível divulgar os editais de abertura até o final de julho, de maneira que houvesse aos menos 60 dias para a aplicação das provas objetivas, que por essas contas ocorreriam em setembro.
A convergência desses fatores faz subir as expectativas por novidades já nessa semana.
Outras informações
Tudo indica, até pela celeridade com que o Bacen vem tratando administrativamente a nova seleção, que o concurso será regionalizado. Isto é, com os candidatos escolhendo as vagas pelo Estado em que desejam atuar já no momento da inscrição. A assessoria de imprensa não informa quais serão as localidades contempladas no concurso, mas é certo que a maioria das oportunidades se concentrará em Brasília, onde fica a sede do órgão. As outras localidades, bem como o número de vagas de cada uma delas, dependerão do resultado do concurso de remoção interna em estágio final.
O Bacen tem subsidiárias nas capitais do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará.
Mais detalhes
Serão 400 oportunidades para analista, cargo que admite formação superior em qualquer área e apresenta remuneração de R$ 13.968,85; outras 100 para técnico, função que exige nível médio completo e ostenta vencimentos de R$ 5.531,23; e 15 para procurador, que possui o maior salário (R$ 16.092,13) e demanda graduação em direito. Esses valores, atualizados para o ano de 2013, já contabilizam o auxílio-alimentação de R$ 373.
A necessidade de vagas era muito maior, admite a assessoria de imprensa do órgão. Ao JC&E, o Sinal informou que foram solicitadas cerca de 2 mil ofertas. Com a liberação de um quarto desse contingente, a instituição foi forçada a rever prioridades e acelerar os preparativos para a abertura do concurso.
O órgão
O Bacen é o órgão responsável por aplicar as orientações do Conselho Monetário Nacional e por garantir o poder de compra da moeda nacional. Entre as suas atribuições vale destacar o poder de emitir moeda, receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições financeiras e bancárias, realizar o controle de crédito, controlar o fluxo de capitais estrangeiros, entre outras.
Criado pela lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, o Banco Central do Brasil (Bacen) é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, que tem por missão assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente. Entre as suas atividades principais destacam-se: a condução das políticas monetária, cambial, de crédito, e de relações financeiras com o exterior; a regulação e a supervisão do Sistema Financeiro Nacional (SFN); e a administração do sistema de pagamentos e do meio circulante. O Banco Central atua também como Secretaria-Executiva do Conselho Monetário Nacional (CMN) e torna públicas as resoluções do CMN. A sede do Bacen fica em Brasília e as unidades do banco estão localizadas nos municípios de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Belém (PA), Fortaleza (CE), Recife (PE) e Salvador (BA).