600 vagas: editais para PF sairão nos próximos dias

Salários iniciais serão de R$ 13.368,68 nas funções de delegado e perito; e de R$ 7.514,33 para agente, escrivão e papiloscopista

Redação   Publicado em 13/03/2012, às 14h56

Os primeiros editais da Polícia Federal (PF), que oferecerão 600 vagas nas funções de agente de polícia federal (500) e papiloscopista policial federal (100), estão próximos de ser lançados, de acordo com a organização do processo seletivo.

A expectativa é a de que os documentos sejam publicados até o fim deste mês, enquanto os três demais documentos - que abrirão vagas de delegado de polícia federal (150), perito criminal federal (100) e escrivão de polícia federal (350) - estão previstos a partir do mês de abril.

O processo seletivo oferecerá um total de 1.200 oportunidades.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, já divulgou determinação autorizando a PF a reduzir de 60 para 45 dias o prazo máximo entre a publicação dos editais e a aplicação das provas objetivas.

O objetivo é o de preencher o quanto antes as vagas autorizadas, a tempo de contemplar o Plano Nacional de Fronteiras. Isso porque, segundo a própria PF, a corporação sofre com o déficit de agentes.

Organizadora e salários

A Fundação Universidade de Brasília (Cespe/UnB) foi escolhida - por dispensa de licitação - para organizar os dois primeiros concursos previstos, para agente e papiloscopista.

Os salários iniciais para os aprovados, que iniciam como profissionais de terceira categoria, será de R$ 13.368,68 nas funções de delegado e perito; e de R$ 7.514,33 para agente, escrivão e papiloscopista.

Para participar, o candidato deverá ter o nível superior concluído em qualquer área. A exceção é para o cargo de delegado, que exigirá formação em direito.

Atuação

O efetivo será direcionado, principalmente, para atuação na região das fronteiras em 710 municípios distribuídos por onze estados, todos incluídos no Plano. O objetivo será coibir o tráfico de armar e drogas provenientes dos países vizinhos.

Também atuarão nos portos e aeroportos, no combate aos crimes ambientais e fiscais; e nos eventos esportivos da Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. A capital fluminense também sediará o encontro Rio+20, de caráter ambiental, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), em junho.

Anpac

Em entrevista recente ao JC&E, a diretora executiva da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac), Maria Teresa Sombra, classificou como “absurda” a decisão do ministro Cardozo em reduzir o período entre editais e provas.

Segundo ela, o fato de o governo federal não dar a atenção devida à proposta de criação do Estatuto do Concurso Público, já feita pela entidade, é que permite que órgãos e organizadoras tomem atitudes, sem levar a preparação dos candidatos. “Não existe nenhuma obrigação para a banca e para a organização (de determinar prazos fixos para provas e editais). Essa falta de legislação os deixa livres para fazer o que bem entendem”, reforça.

A diretora executiva também destaca que o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) errou ao não destinar verba suficiente para concursos em 2011, alegando indisponibilidade orçamentária, causando essa atual urgência na contratação de servidores para a PF e Polícia Rodoviária. “Faltou planejamento lá atrás. Agora tudo tem que ser tratado de forma corrida, a tempo de suprir o Plano de Fronteiras e outras grandes demandas, que acontecem no País”, exemplifica. Para ela, isso acaba prejudicando o candidato, que fica sem tempo hábil para se preparar.

George Corrêa

Sobre PF - Polícia Federal

A Polícia Federal tem origem em 10 de maio de 1808, quando a Intendência-Geral de Polícia da Corte e do Estado do Brasil foi criada, por D. João VI. O órgão tinha as mesmas atribuições que tinha em Portugal. Com o decreto 6.378, de 28 de março de 1944, a antiga Polícia Civil do Distrito Federal, que funcionava no Rio de Janeiro, no governo de Getúlio Vargas, foi transformada em Departamento Federal de Segurança Pública (DFSP), subordinado ao Ministério da Justiça e Negócio Interiores. Posteriormente, em 13 de junho de 1946, com o decreto-lei 9.353, foi atribuída competência ao DFSP, em todo território nacional, para serviços de polícia marítima, área de fronteiras e apurações de diversas infrações penais.