Concurso Funai, previsto para 2022, deverá contemplar oportunidades para cargos de níveis médio e superior. Órgão já conta com pedido de 826 postos
Fernando Cezar Alves | fernando@jcconcursos.com.br Publicado em 12/05/2021, às 10h27 - Atualizado às 14h20
Cresce a expectativa pela realização de um novo concurso Funai (Fundação Nacional do Índio). Além do pedido em análise, no Ministério da Economia, o órgão confirmou que uma nova solicitação deve ser encaminhada para o preenchimento de nada menos do que 1.043 postos em 2022. O documento deve ser encaminhado até o próximo dia 31 de maio, prazo para que as contratações possam ser consideradas no orçamento federal do próximo ano. Assim como o atual pedido em andamento, o novo também será para cargos de ensino médio e nível superior, com remunerações iniciais de até R$ 6.420,87. Porém, a distribuição das oportunidades pelos postos ainda não foi confirmada. Novas informações devem ser anunciadas em breve.
No caso de ensino médio, o pedido será para os cargos de técnico em contabilidade e agente em indigenismo.
Para nível superior, administrador, antropólogo, arquiteto, arquivista, assistente social, bibliotecário, contador, economista, enfermeiro, engenheiro, engenheiro agrônomo, engenheiro florestal, estatístico, geógrafo, indigenista especializado, médico, médico veteriário, odontólogo, pesquisador, psicólogo, sociológo, técnico em assuntos educacionais, técnico em comunicação social e zootecnista.
De acordo com o órgão, caso o pedido seja acatado, o edital deve ser publicado no primeiro semestre de 2022, para todo o país, com vagas regionalizadas.
Independente do novo pedido de concurso Funai, existe uma solicitação tramitando no Ministério da Economia, para 826 vagas. Para ensino médio, a previsão é de oportunidades para a carreira de agente de indigenismo, com inicial de R$ 5.349,07.
No caso de nível superior, a solicitação é para os cargos de administrador, antropólogo, arquiteto, arquivista, assistente social, bibliotecário, contador, economista, engenheiro, engenheiro agrônomo, engenheiro florestal, estatístico, geógrafo, indigenista especializado, médico veterinário, pesquisador, psicólogo, sociólogo, técnico em assuntos educacionais, técnico em comunicação social e zootecnista. Para estas opções, o inicial é de R$ 6.420,87.
O último concurso Funai ocorreu em 2016, para o preenchimento de 220 oportunidades de nível superior para indigenista especializado (202), contador (6), engenheiro agrônomo (5), engenheiro agrimensor (4) e engenheiro civil (3).
Sob a organização da Esaf, o concurso Funai teve 100 questões de múltipla escolha sobre conhecimentos gerais (língua portuguesa, raciocínio lógico e quantitativo, direito constitucional e administrativo, legislação indigenista, informática básica e administração pública) e conhecimentos específicos.
Os participantes também foram submetidos um exame discursivo, que consistiu no desenvolvimento de um estudo de caso sobre matérias integrantes do conteúdo específico de cada cargo. O texto deveria ter entre 45 e 60 linhas.
As avaliações aconteceram nas cidades de Rio Branco/AC, Maceió/AL, Manaus/AM, Tabatinga/AM, São Gabriel da Cachoeira/AM, Macapá/AM, Salvador/BA, Fortaleza/CE, Brasília/DF, Vitória/ES, Goiânia/GO, São Luís/MA, Imperatriz/MA, Belo Horizonte/MG, Campo Grande/MS, Dourados/MS, Cuiabá/MT, Sinop/MT, Belém/PA, Altamira/PA, João Pessoa/PB, Recife/PE, Teresina/PI, Curitiba/PR, Rio de Janeiro/RJ, Natal/RN, Porto Velho/RO, Ji-Paraná/RO, Boa Vista/RR, Porto Alegre/RS, Florianópolis/SC, Aracajú/SE, São Paulo/SP e Palmas/TO.
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A Fundação Nacional do Índio é o órgão indigenista oficial do Estado brasileiro. Criada por meio da Lei nº 5.371, de 5 de dezembro de 1967, vinculada ao Ministério da Justiça, é a coordenadora e principal executora da política indigenista do Governo Federal. Sua missão institucional é proteger e promover os direitos dos povos indígenas no Brasil. Cabe à Funai promover estudos de identificação e delimitação, demarcação, regularização fundiária e registro das terras tradicionalmente ocupadas pelos povos indígenas, além de monitorar e fiscalizar as terras indígenas. A Funai também coordena e implementa as políticas de proteção aos povos isolados e recém-contatados. É, ainda, seu papel promover políticas voltadas ao desenvolvimento sustentável das populações indígenas. Nesse campo, a Funaipromove ações de etnodesenvolvimento, conservação e a recuperação do meio ambiente nas terras indígenas, além de atuar no controle e mitigação de possíveis impactos ambientais decorrentes de interferências externas às terras indígenas. Compete também ao órgão estabelecer a articulação interinstitucional voltada à garantia do acesso diferenciado aos direitos sociais e de cidadania aos povos indígenas, por meio do monitoramento das políticas voltadas à seguridade social e educação escolar indígena, bem como promover o fomento e apoio aos processos educativos comunitários tradicionais e de participação e controle social. A atuação da Funai está orientada por diversos princípios, dentre os quais se destaca o reconhecimento da organização social, costumes, línguas, crenças e tradições dos povos indígenas, buscando o alcance da plena autonomia e autodeterminação dos povos indígenas no Brasil, contribuindo para a consolidação do Estado democrático e pluriétnico.