Concurso Metrô SP (Companhia do Metropolitano de São Paulo) está previsto desde 2022, quando anunciado pelo então presidente da empresa, Silvani Pereira
Fernando Cezar Alves Publicado em 02/06/2023, às 09h54 - Atualizado às 14h27
A realização do aguardado novo concurso Metrô SP (Companhia do Metropolitano de São Paulo) é a principal reivindicação da categoria, que ameaça entrar em greve a partir do próximo dia 13 de junho. Até às 19 horas desta sexta-feira, 2 de junho, os servidores devem votar se apoiam ou não a nova paralisação. Vale lembrar que, em 23 de maço, os metroviários já haviam cruzado os braços durante 24 horas, em decorrência da grande necessidade de pessoal.
De acordo com notícia divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo nesta sexta, Alex Fernandes, um dos diretores do Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo, acredita que a categoria deve apoiar a greve, em decorrência da negativa do governo em antender pautas importantes do funcionalismo.
Ainda segundo ele, a realização do concurso público Metrô SP é a principal reivindicação, uma vez que os metroviários estão sobrecarregados e adoecendo em decorrência da pequena quantidade de pessoal em atividade. "Estamos trabalhando com um quadro defasado de mais de 2 mil servidores", disse."Precisamos de concurso público imediatamente", reforça.
Um novo concurso chegou a ser anunciado em 2022, pelo então presidente Silvani Pereira. Porém, ao deixar o comando da Companhia em janeiro, um novo parecer ainda é aguardado por parte da nova administração.
De acordo com levantamento funcional divulgado no último dia 29 de abril, o Metrô conta atualmente com uma necessidade de nada menos do que 2.778 servidores. Vale lembrar que o levantamento tem como base dados concedido pelos órgãos tendo como base até o dia 31 de dezembro de 2022. Desta forma, novas necessidades podem ter surgido desde então, em decorrência de afastamentos, falecimentos e exonerações.
Os cargos com maior necessidade de servidores são os seguintes:
O Metrô de São Paulo é responsável pela operação das Linhas 1-Azul (Jabaquara - Tucuruvi), 2-Verde (Vila Prudente – Vila Madalena), 3-Vermelha (Corinthians-Itaquera – Palmeiras-Barra Funda) e o Monotrilho da Linha 15-Prata (Vila Prudente – Vila União), somando 64,7 km de extensão e 58 estações.
A Linha 4-Amarela é operada pela Via Quatro em regime de PPP desde 2010. Possui 11,4 km de extensão e 10 estações.
A Linha 5-Lilás passou a ser operada em regime de concessão pela Via Mobilidade em 04 de agosto de 2018. Possui 20 km e 17 estações.
Em 2017, a rede metroviária atingiu a marca de 1,3 bilhão de passageiros transportados, sendo que o Metrô de São Paulo foi responsável pelo transporte de 1,1 bilhão desses passageiros, destacando-se mundialmente pelos resultados obtidos na produção e na qualidade do serviço prestado no transporte público de passageiros sobre trilhos.
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A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô SP) foi constituída no dia 24 de abril de 1968. As obras da Linha Norte-Sul foram iniciadas oito meses depois. Em 1972, a primeira viagem de trem foi realizada entre as estações Jabaquara e Saúde. Em 1974, o trecho Jabaquara - Vila Mariana começou a operar comercialmente.
Atualmente, o Metrô SP possui 6 linhas em operação. Ao todo, são 96 km de extensão e 85 estações. Em 2017 foram transportados 1,3 bilhão de passageiros no sistema.
O sistema está integrado à CPTM nas estações Luz, Tamanduateí, Brás, Palmeiras-Barra Funda, Tatuapé, Corinthians-Itaquera, Pinheiros e Santo Amaro e aos outros modais de transporte na cidade de São Paulo.
Diariamente, a malha metroviária transporta cerca de 5 milhões de passageiros.
Em 2015 o Metrô SP ultrapassou a marca de 25,6 bilhões de passageiros transportados desde a sua inauguração em 1974, destacando-se mundialmente pelos resultados obtidos na produção e na qualidade do serviço de transporte público de passageiros sobre trilhos.