Dell anunciou na última segunda-feira (6) a demissão de 5% da sua força de trabalho. As demissões em massa também já atingem o Brasil
Victoria Batalha Publicado em 07/02/2023, às 08h12 - Atualizado às 08h16
Entrando na mesma onda das demissões em massa que já afetou 100 mil profissionais em todo o mundo, a Dell anunciou a demissão de 6.650 trabalhadores, cerca de 5% dos seus funcionários. No momento há uma queda nas vendas de computadores pessoais e os Estados Unidos está com receio de passar uma recessão.
A empresa de tecnologia e com foco na produção de computadores já havia colocado em prática medidas de corte de custos, como limitação nas viagens e pausa nas contratações. As vendas de computadores representa mais da metade da receita da Dell e devido ao cenário pós-pandemia, as vendas vem diminuindo.
Jeff Clarke, co-presidente-excecutivo, disse em mensagem para os funcionários que o mercado continua se deteriorando e o futuro é incerto, que as mudanças não são mais suficientes.
Devido à crise nas big techs que se iniciou novembro do ano passado se intensificou ainda mais agora em 2023. Ao menos 100 mil funcionários foram atingidos em todo o mundo, alguns já foram demitidos e outros estão no processo de desligamento das empresas.
Apenas na Amazon (18 mil), Microsoft (10 mil) e Alphabet, empresa responsável pelo Google (12 mil), as demissões chegaram a 40 mil pessoas. Meta também já desligou 11 mil funcionários, Spotify 9,8 mil, Twitter 3,7 mil e agora a Dell, que anunciou mais de seis mil demissões.
A onda de demissões em massa também já está atingindo o Brasil. Empresas de tecnologia como Buser, C6 Bank, Loggi e Me Poupe! também começaram a desligar funcionários. Desde 2022, ao menos seis mil pessoas foram demitidas em 40 empresas nacionais.
A crise vem ocorrendo porque em 2020, devido à pandemia da Covid-19, muitas pessoas tiveram que ficar em casa e o serviço de tecnologia ficou em alta, assim como serviços de streaming, obrigando as empresas a contratarem para poder lidar com a alta demanda. Com a diminuição do Coronavírus, a demanda diminuiu e ainda veio a crise econômica causa pelo vírus. Muitas das empresas citadas perceberam que acabaram contratando demais e não há mais necessidade de ter tantos funcionários.