Empresas acreditam que o modelo híbrido não é confiável e preferem o trabalho presencial, funcionários se sentem mais motivados e engajados com esse sistema
Victoria Batalha Publicado em 09/03/2023, às 08h04 - Atualizado às 08h09
O modelo de trabalho híbrido vem ganhando cada vez mais força nesse cenário pós-pandemia, principalmente porque muitas empresas querem o retorno 100% presencial, enquanto funcionários preferem a flexibilidade e liberdade de trabalham no home office (trabalho remoto).
E pelo que tudo indica, o trabalho híbrido vai continuar sendo o principal modelo dentro das empresas durante os próximos anos, foi o que responderam 70% das companhias entrevistadas para a pesquisa chamada de From Surviving to Thriving in Hybrid Work (em tradução livre, sobrevivência à prosperidade no trabalho híbrido), feita pela Unisys, uma empresa de tecnologia em parceria com a consultora HFS Research.
Porém, ainda a discordância entre os líderes e os funcionários sobre o modelo híbrido. 49% dos colaboradores dizem que o formato híbrido é bastante eficaz e apenas 33% das empresas concordam com essa afirmação. 53% dos empregadores dizem que esse modelo é pouco eficiente e 12% afirmam que é ineficiente. Já entre os colaboradores, 38% acreditam que não é muito eficiente e 8% acham que é ineficiente trabalhar combinando home office com trabalho presencial.
Para poder chegar a esses dados, foram ouvidos profissionais da Austrália, Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido e 67% das duas mil pessoas entrevistadas responderam que o modelo híbrido permite uma maior flexibilidade, fazendo com que possam equilibrar suas vidas profissionais e pessoais, sendo esses os principais motivos que influenciam os seus desempenhos. 89% dos entrevistadores também responderam que esse formato os tornam mais engajados quando comparado a seis meses atrás.
Sobre o que poderia causar pouco engajamento dos funcionários e os deixarem desmotivados, existem discordâncias entre os líderes e os seus colaboradores. 28% das empresas acreditam que é a facilidade de conseguirem emprego, já 33% dos funcionários apontam que é a falta de interação com os líderes.
Outros motivos que causam essa falta de engajamento entre os funcionários são: mais importância para outros momentos da vida (29%); burnout porque não conseguem separar a vida pessoal do home office (18%); falta de interação com a equipe (9%); facilidade de achar outras vagas (3%).
Para os líderes, as principais causas da falta de engajamento são: os funcionários dão mais relevância para outros momentos da vida (22%); não conseguir separar vida pessoal e home office, causando burnout (19%); falta de interação com a equipe (13%); falta de interação com os líderes (6%).