Por que meu chefe é sempre estressado? Aprenda a arte de liderar uma equipe!

A estrutura hierárquica de multinacionais e grandes empresas mudou! Conheça os desafios da liderança corporativa

Ricardo de Oliveira   Publicado em 11/07/2019, às 22h02 - Atualizado às 22h16

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Todo ano, para não dizer todo mês, aparecem novas teorias sobre preparação emocional, gestão de pessoas no ambiente de trabalho e liderança corporativa. Entre as que estão em pauta, há algum tempo, está a liderança como forma de integrar e direcionar os colaboradores no caminho dos resultados.

Enquanto alguns desenvolvem metodologias para o relacionamento com os colaboradores, outras correntes vão buscar a auto-ajuda como fonte de inspiração. Porém, a realidade tem demonstrado que na maioria dos casos essas fórmulas não estão funcionando. Enquanto, por um lado, o líder é estimulado a melhorar o relacionamento entre sua equipe (que vai gerar resultados somente a médio e longo prazos), por outro ele é cobrado pelos resultados de curto prazo.

Dividido entre a pressão por produtividade imposta pela estrutura das organizações e a busca pela satisfação pessoal (sua e de seus colaboradores), o líder se encontra desorientado, não conseguindo agradar nem a uns nem a outros. O resultado é o estresse, a depressão, tão comum nos cargos do alto escalão.

O mundo em transformação

Uma boa notícia para esses líderes: o modelo organizacional responsável por esse desequilíbrio ruiu, principalmente entre as empresas internacionais. Exemplos como Google, Apple ou até mesmo as empresas mais tradicionais, já adotam ambientes compartilhados, horários flexíveis, integrações, visando a satisfação e conforto que o mundo moderno preza para seus funcionários: a igualdade de condições.

A estrutura hierárquica, autoritária e departamental foi substituída por uma estrutura mais orgânica, em que as atividades não são mais divididas em departamentos e sim de acordo com o valor que agregam aos clientes. As equipes de finanças, marketing, vendas e logística não disputam mais entre si para ver quem tem mais poder na organização, mas trabalham integradas no sentido de aprimorar produtos e serviços.

Nesse novo ambiente, em que os processos passam a ser mais importantes que as atividades isoladas, o líder ganha a oportunidade e os meios de conciliar resultados com a satisfação pessoal. Como isso acontece? Quanto mais horizontalizada for a estrutura, maior a necessidade do líder conhecer o funcionamento da organização como um todo, assim como suas diversas partes. Sua tarefa é conduzir as equipes, alinhando os processos de negócios com as competências de cada colaborador, e vice-versa. Esse novo perfil de líder exige mais um atributo: ter competências e habilidades para liderar equipes ao mesmo tempo em que dominem as diversas disciplinas envolvidas em um processo de negócios.

Há uma intensa busca por profissionais com estas características, e essa procura só aumenta durante os anos. O JC Concursos listou as vantagens para o líder e os colaboradores:

  1. privilegia-se o trabalho em grupos supra departamentais, ampliando assim o conhecimento;
  2. dá-se ênfase em competências diversificadas, capacitando o pessoal para execução de trabalhos multifuncionais;
  3. desenvolve-se habilidades múltiplas, o pensar criativamente e o responder com flexibilidade aos novos desafios;
  4. cultura corporativa de abertura e cooperação, focalizada no aperfeiçoamento contínuo, no aproveitamento do potencial do funcionário, na sua responsabilidade e bem estar;
  5. eliminação de tarefas que não agregam valor; redução/eliminação de quebras de responsabilidades;
  6. decisões tomadas no nível de execução do processo – responsabilidade com autoridade;
  7. ambiente de melhoria contínua usando a capacidade criativa dos funcionários.

Mais do que nunca vale a tônica para a nova geração de líderes:

“Quer melhorar as pessoas? Invista nos processos. Quer melhorar os processos? Invista nas pessoas”.

Dieter Kelber é Consultor, pesquisador e autor de livros sobre preparação emocional e motivacional, Também foi diretor executivo do INSADI e da Business Processes School.

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