Segundo o resultado do estudo, o trabalho de 4 dias trouxe benefícios para a equipe e aumentou a produtividade, sem corte nos salários
Victoria Batalha Publicado em 24/02/2023, às 08h01 - Atualizado às 08h07
De acordo com um estudo britânico 4 Day Week Global, realizado em parceria com a organização de pesquisa Autonomy, das 61 empresas que participaram do teste de quatro dias de trabalho e três de descanso, 56 decidiram continuar com os testes do projeto-piloto e 18 empresas irão manter o modelo permanentemente.
A pesquisa propôs no Reino Unido que empresas adotassem um modelo de trabalho com a jornada reduzida por um período de seis meses e sem aplicar nenhum desconto salarial aos seus funcionários.
Segundo uma análise dos resultados, as empresas tiveram um lucro de 35% a mais em relação ao ano anterior, além disso, cresceram o número de contratações e as faltas diminuíram. As empresas que participaram disseram que teve um aumento de 85% de satisfação geral e 75% de aprovação.
+++ Pesquisa aponta que trabalhar 4 dias por semana é mais produtivo
A 4 Day Week Global também está testando a jornada de trabalho reduzida em outros países, como Austrália e Brasil. Há testes também na Ásia, Europa, África e América do Norte, os resultados devem ficar disponíveis em breve.
O relatório também divulgou que o projeto-piloto trouxe uma melhora no bem-estar dos colaboradores das empresas, com uma grande melhora na saúde mental e física, além da satisfação em relação ao emprego e a vida.
O dia extra de descanso na semana trouxe um dia a mais, na prática de exercícios físicos, principalmente para os profissionais que trabalham em organizações sem fins lucrativos e para os da indústria de serviços.
O projeto também trouxe um impacto maior para as colaboradas mulheres, mesmo que ambos os gêneros tenham se beneficiado, em especial, a experiência para o público feminino foi ainda melhor. Diminuindo casos de burnout, tempo de transporte ao emprego e aumentando a satisfação com o trabalho.
O maior tempo fora do trabalho também trouxe uma maior igualdade na divisão dos afazeres domésticos, fazendo com que as profissionais que são mães tivessem menos preocupações em relação à criação dos filhos e a casa.