Acompanhando os avanços tecnológicos...
Redação Publicado em 29/01/2007, às 11h00
Engenheiros Eletrônicos projetam e desenvolvem sistemas, equipamentos, processos, dispositivos ou soluções, geralmente no campo da eletricidade de baixa potência. Seu trabalho destina-se a aplicações de computadores, sistemas de controle (desde sistemas de controle de satélites até aqueles usados em eletrodomésticos), equipamentos médicos, de entretenimento, de comunicações etc.
“Por Eletrônica entende-se o conjunto de tecnologias utilizadas na geração, transmissão, captação e processamento em geral de sinais eletromagnéticos. Essas tecnologias são indispensáveis em grande parte de nossas atividades cotidianas, onde rotineiramente usamos dispositivos e circuitos (televisores, computadores, celulares, etc.), construídos com componentes eletrônicos e optoeletrônicos, como circuitos integrados e diodos emissores de luz”, explica Karl Heinz Kienitz, professor da Divisão de Engenharia Eletrônica do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
CURSO
O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), localizado em São José dos Campos, no Interior de São Paulo, receberá inscrições, de 1º de agosto a 15 de setembro, para o Vestibular 2007. Entre as modalidades de Engenharia, oferecidas pela instituição, está a Eletrônica.
De acordo com o professor Kienitz, o curso é ministrado em período integral, com duração de 10 semestres, sendo constituído de uma parte fundamental, de Ciências Exatas, típica de um curso de Engenharia, e de uma parte diferenciada que contempla a área de Eletrônica. “Existem, ainda, disciplinas de formação geral – na área de Administração, por exemplo –, além de estágio curricular, realizado em empresas conveniadas com o curso e um trabalho de conclusão de graduação, onde o estudante demonstra que está apto a atuar na solução de problemas de Engenharia Eletrônica”, diz.
MERCADO
Para o professor do ITA, o mercado para Engenheiros é promissor. Segundo ele, as atividades direcionadas a aplicações hospitalares, mecatrônicas, de computação, aeroespaciais e bélicas são muito promissoras para a carreira desse profissional.
“O Engenheiro Eletrônico tem uma formação que facilita a migração para áreas correlatas, tais como Engenharia Mecatrônica, da Computação, Biomédica e Engenharia Econômica. Dentro do universo de Engenheiros, o Eletrônico é, em minha opinião, e considerando minha experiência, o mais flexível”, analisa Kienitz, que possui doutorado em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica Federal de Zurique, na Suíça, e que também foi Oficial-Engenheiro da FAB até 1993.
DICAS
Para quem gostou da carreira e pensa em se tornar Engenheiro Eletrônico, o professor do ITA dá algumas dicas: “é importante fazer o curso em uma boa escola, escolher um trabalho de conclusão de graduação interessante e ingressar em uma empresa com bagagem tecnológica relevante. Também acho imprescindível que ao final do curso o aluno domine fluentemente o inglês e, se possível, mais um outro idioma.
Para atualizar-se na área, Kienitz sugere que estudantes e recém-formados acessem a página do Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) na Internet: www.ieee.org. Segundo ele, é a maior associação de Engenheiros do mundo, com mais de 300 mil associados. “Também recomendo ler regularmente alguma publicação de divulgação sobre Engenharia Eletrônica, como, por exemplo, o Siemens Journal, disponível no endereço www.siemens.com”, completa.
Rogerio Jovaneli
Reportagem/SP