A cachaça é uma bebida genuinamente brasileira
Os dados mais recentes apontam que, em 2002, a produção nacional de cachaça foi de 1,3 bilhão de litros, sendo 14,8 milhões destinados à exportação. No mercado interno, o consumo da bebida aumentou cerca de 40%, nos últimos 10 anos, colocando a cachaça como a segunda bebida alcoólica mais consumida pelos brasileiros.
O Estado de Minas Gerais é um dos maiores produtores de cachaça de alambique ou artesanal do País. Sua produção anual é em torno de 182 milhões de litros, correspondentes a 14% da produção nacional. Dentre as regiões produtoras, o Norte de Minas, mais especificamente o Vale do Jequitinhonha, destaca-se pela produção de qualidade, firmando-se como um dos principais centros de produção, concentrando 30,6% dos estabelecimentos da bebida no Estado mineiro. Salinas, situada na região, com uma população de mais de 37 mil habitantes, é conhecida pela tradição que tem em produzir cachaças de excelente qualidade, sendo reconhecida, inclusive, internacionalmente. As condições edafoclimáticas do semi-árido favorecem o manejo da cultura de cana-de-açúcar.
A importância econômica e social intrínseca à produção de cachaça gerou a necessidade da formação de quadro técnico especializado, a fim de garantir a eficiência produtiva da bebida. De olho nesta tendência, a Escola Agrotécnica Federal de Salinas foi pioneira na criação do curso de Tecnologia em Produção de Cachaça. CURSO Com uma duração de três anos e carga horária de 2.760 horas, o curso superior de Tecnologia em Produção de Cachaça se propõe a formar Tecnólogos aptos a atender a demandas locais, regionais e nacionais por força de trabalho não só gerencial do processo produtivo, mas, também, no que concerne aos aspectos mercadológicos.
“O profissional formado pela escola estará apto a atuar em todo o processo produtivo da cachaça, agindo desde o plantio da cana, a colheita, a moagem, a fermentação, a destilação, o envelhecimento, até mesmo a comercialização e estratégias de venda do produto”, esclarece o professor Oscar William Barbosa Fernandes, coordenador do curso oferecido pela Escola Agrotécnica de Salinas. Assim, o objetivo do curso é de formar Tecnólogos com capacidade de atuação em todas as áreas da cadeia produtiva da cachaça de alambique, assegurando qualidade e produtividade com o menor custo de produção.
ATIVIDADES
O egresso do curso de Tecnologia em Produção de Cachaça da EAF Salinas poderá ocupar postos de trabalho tais como:
* empreendimentos próprios no ramo de cachaça de alambique;
* empresas de comercialização de equipamentos e produtos ligados à cachaça;
* laboratórios de controle de qualidade, (análises microbiológica, físico-química e sensoriais);
* gerenciar a produção de cana-de-açúcar e/ou cachaça de alambique;
* prestar consultoria e assistência técnica;
* ministrar treinamento.
MERCADO
Para o professor Fernandes, há uma carência muito grande no mercado por profissionais capacitados para atuar na área e, por isso, ele acredita que a carreira é muito promissora. “São inúmeros os campos de atuação do profissional”, ressalta. Além disso, o coordenador do curso acredita que existem, ainda, áreas de atuação que não foram exploradas. “Ainda tem muito o que se descobrir sobre a cachaça”, afirma.
Olívia Bulla
Reportagem/SP
Profissões e Cursos
Vagas: Não definido
Taxa de inscrição:
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Cargos:
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Áreas de Atuação:
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