GERONTOLOGIA

Em prol de uma melhor qualidade de vida aos idosos

Redação   Publicado em 29/01/2007, às 11h58

O curso de Gerontologia tem duração mínima de oito semestres, podendo chegar a 12 semestres, no máximo. Trata-se de um curso novo – a exemplo da própria USP Leste – e, ao mesmo tempo promissor, dado o processo de envelhecimento da população, conforme demonstra o último levantamento feito pelo IBGE.

Segundo afirma a Professora Dra. Ângela Maria Machado de Lima, docente da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP Leste e vice-coordenadora do curso de Gerontologia, oferecido pela instituição, a proposição de um curso de graduação nessa área visa estabelecer e desenvolver uma modalidade de formação e qualificação vinculada a realidades locais, no sentido de produzir o necessário e esperado impacto na qualidade da saúde do idoso e de sua família.

“Esse profissional, integrado à equipe de saúde, é capaz de atuar, de forma autônoma, responsabilizando-se pela assistência ao idoso nos mais diferentes contextos (existentes ou necessários). Representa um importante recurso para a organização da assistência às pessoas idosas, tanto na região metropolitana de São Paulo quanto no País como um todo, atendendo a necessidades físicas, psicológicas e socioculturais”, relata a professora. Para ela, o profissional dessa área tem perfil e competência para participar ativamente das transformações no quadro epidemiológico da saúde do idoso, que vem ocorrendo no País.

ÁREAS DE ATUAÇÃO

De acordo com a professora Ângela, o egresso do curso superior de Gerontologia será um profissional capaz de realizar as seguintes tarefas:

* atuar em equipe multiprofissional;
* colaborar com o cuidado e, muitas vezes, coordenar a assistência à saúde do idoso e de sua família;
* atuar em instituições de saúde públicas e privadas (hospitais, ambulatórios, unidades básicas de saúde, centros de convivência e em programas e serviços de assistência domiciliar), instituições de ensino e em domicílios, dentro de programas de assistência aos idosos;
* desenvolver processo interativo e complementar com os diversos níveis de atuação;
* contribuir para a construção do conhecimento da área e fundamentar a sua prática no conhecimento existente;
* refletir sensivelmente e analisar criticamente a realidade de assistência à saúde do idoso, propondo ações criativas para solucionar os problemas encontrados, levando em conta o perfil epidemiológico, os fatores sócio-políticos e culturais, a tecnologia, os equipamentos e recursos disponíveis, necessários à pratica profissional.

“Há uma importante demanda social por profissionais nesse setor, devido ao acelerado processo de longevidade e envelhecimento populacional. Acredito que para desempenhar bem as suas atividades, o profissional de Gerontologia precisa ser uma pessoa com habilidade para articular informações e com sensibilidade para escutar, conversar e fazer perguntas adequadas à condição de vida e saúde das pessoas idosas e de seus eventuais cuidadores”, finaliza.

Rogerio Jovaneli
Reportagem/SP