DIU: o que é e como ter acesso de graça

O DIU tem eficácia contraceptiva de 99% e pode durar por até 10 anos. Saiba passo a passo para ter acesso ao dispositivo gratuitamente

Redação   Publicado em 24/06/2022, às 17h02

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O Dispositivo Intrauterino, conhecido pela forma abreviada do termo como DIU, teve seu primeiro protótipo em 1909. O produto prometia revolucionar a vida das mulheres a partir da possibilidade de escolha entre gerar um bebê ou não.

Embora repleto de dúvidas e efeitos colaterais na época de seu lançamento, o dispositivo foi sendo aprimorado, até se tornar o terceiro método contraceptivo mais utilizado no mundo, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). O método tem eficácia de 99% contra a gravidez.

Os dispositivos são pequenas estruturas de plástico em formato de T, que são introduzidos no útero e permanecem lá por anos (de 3 a até 10 anos, a depender do produto). Atualmente, existem quatro tipos de DIU: os não-hormonais, que são o de prata e o de cobre, e os hormonais, encontrados nas marcas Mirena e Kyleena. Confira abaixo a lista com os respectivos preços:

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), através da Resolução Normativa n° 465/2021, decretou que os planos de saúde são obrigados a custear tanto a aquisição quanto a inserção do DIU no organismo.

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Como o DIU funciona

Os DIUs funcionam, basicamente, evitando o contato dos espermatozóides com os óvulos. Os de cobre e prata (que também tem cobre na composição) são envoltos por essas estruturas metálicas e funcionam deixando o muco cervical mais grosso, impedindo que os espermatozóides alcancem os óvulos. O cobre também ajuda a destruir os óvulos.

Já os hormonais, levam consigo a substância levonorgestrel, comumente encontrada na forma de pílulas anticoncepcionais. O levonorgestrel é um hormônio do tipo progesterona e age impedindo a produção de óvulos.

Como colocar o DIU de graça

A fim de atender as camadas mais vulneráveis da população, o Sistema Único de Saúde (SUS) possibilita a introdução do DIU de forma gratuita, através de um procedimento não-cirúrgico, considerado relativamente simples e rápido (dura entre 15 e 30 minutos).

O dispositivo fornecido pelo SUS é o de cobre. Ele não deve ser utilizado por pessoas alérgicas ao metal e nem por quem tem problema com coagulação, pois ele aumenta o fluxo sanguíneo, além de provocar cólicas.

Para ter acesso ao método contraceptivo é preciso procurar uma Unidade Básica de Saúde ou hospital público que faça atendimento ginecológico. É comum que as pessoas que procuram o serviço precisem participar de um grupo de planejamento familiar, para conhecer melhor o procedimento, não sendo obrigatório a entrada ou permanência no grupo.

Após as orientações necessárias, é marcada uma consulta com ginecologista a fim de realizar exame físico, o Papanicolau (preventivo) e a ultrassonografia transvaginal, para ver se o organismo pode receber o dispositivo.

O DIU é um direito de quem não deseja engravidar e não requer autorização de outra pessoa, além daquela que vai receber o dispositivo. Essa exigência é considerada abusiva, cabendo apenas à quem vai receber o DIU a assinatura do termo de autorização.

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*Estagiária sob supervisão da jornalista Mylena Lira

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