Fábrica de bebês? Vídeo de projeto mostra a possibilidade de desenvolver fetos em útero artifical

A ideia da pesquisa seria oferecer aos pais uma forma de produzir bebês personalizados, com um método “indolor e sem estresse''. Questões éticas devem impedir a implementação desse tipo de projeto

Pedro Miranda   Publicado em 16/12/2022, às 20h57 - Atualizado às 21h21

Reprodução/YouTube

Imagens de uma fábrica de bebês artificial chamou atenção da internet esta semana. Chamada de “EctoLife”, a proposta seria desenvolver até 30 mil bebês por ano em um útero artificial e contaria com a possibilidade de edição de genes para escolher características do bebê como cor da pele, cor dos olhos, entre outras.

O vídeo apresenta apenas a intenção de uma pesquisa científica, com um conceito para poder oferecer esse serviço na próxima década. O criador do projeto, o biotecnólogo alemão, Hashem Al-Ghaili, explicou que queria mostrar que isso pode se tornar realidade no futuro. No entanto, apenas restrições éticas poderiam impedir a implementação.

Nas imagens do vídeo, é possível ver uma série de bebês crescendo dentro do que parece ser um casulo, que substituiria o útero. Segundo Al-Ghaili, a fábrica vai oferecer aos pais uma forma de produzir bebês personalizados, com um método “indolor e sem estresse''.

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Feto seria retirado do útero artificial ao pressionar um botão para remover líquido amniótico

Os pais poderiam acompanhar o crescimento e desenvolvimento do feto por meio de uma tela que exibe dados em tempo real. Os dados também podem ser monitorados por meio de um aplicativo. O bebê seria retirado do útero artificial com o "aperto de um botão" para que o líquido amniótico fosse removido.

“O sistema baseado em inteligência artificial também monitora as características físicas de seu bebê e relata qualquer anormalidade genética em potencial”, disse Al-Ghaili ao The Mirror do Reino Unido. O biotecnólogo acredita que em 10 a 15 anos projetos como este sejam comecem a ser permitidos.

“Há um grande dilema ético para que essa tecnologia não seja utilizada para reprodução em massa ou produzir 'super-humanos’'', diz o médico obstetra e diretor técnico do Hospital e Maternidade Pro Matre (SP), Eduardo Cordioli ao site VivaBem.

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