Mais 40 mil doses da vacina da varíola dos macacos devem chegar ainda este ano no Brasil. O imunizante passará por testes para então ser distribuído para a população
Glícia Lopes Publicado em 07/10/2022, às 11h09
Acaba de chegar ao Brasil o primeiro lote da vacina da varíola dos macacos, ou monkeypox, como também é conhecida. São 9,8 mil doses que acabaram de desembarcar no país, na última terça-feira (4), e os próximos lotes estão previstos para chegar até o fim deste ano. O Ministério da Saúde adquiriu cerca de 50 mil doses com apoio do fundo rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), os imunizantes serão utilizados para a realização de estudos sobre a doença no país. Neste caso, as vacinas que já são comprovadamente seguras e eficazes contra a varíola humana ou varíola comum, agora vão ser testadas contra a varíola dos macacos, que é diferente.
O estudo está sendo financiado pelo Ministério da Saúde, coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e com o apoio da OMS. Em breve vão ser divulgados os centros de pesquisa onde acontecerão os testes, onde deve ser considerado como critério as cidades que tiveram mais casos da doença, bem como da infraestrutura disponível para a realização da pesquisa.
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O estudo que deverá ser realizado com a vacina da varíola dos macacos aqui no Brasil pretende avaliar a efetividade, a capacidade de imunização contra monkeypox e a segurança da vacina contra a varíola dos macacos, para então orientar a decisão dos gestores sobre a aplicação do imunizante no país.
A vacina estudada é a Jynneos/MVA-BN®️ que já é segura e eficaz contra a varíola comum. Um dos objetivos da testagem é avaliar se esta vacina diminui a quantidade de casos da doença no país e se ela impede a evolução da varíola dos macacos para casos graves.
Os participantes dos testes serão, inicialmente, pessoas que já foram expostas à varíola dos macacos e tiveram infecção pela doença confirmada. Pessoas que estão propensas à exposição ao vírus, bem como aquelas em profilaxia pré-exposição (PrEP) ou em tratamento com antirretroviral para HIV também participarão dos testes.
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