Comissão do Senado Federal aprovou hoje a PEC da Transição; medida tem custo de R$ 145 bilhões e deixa Bolsa Família fora do teto por dois anos
A PEC da Transição (Proposta de Emenda à Constituição) foi aprovada na tarde desta terça-feira (6) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal. A votação foi simbólica e o custo da medida é de R$ 145 bilhões para deixar toda do teto de gastos a ampliação do Bolsa Família para R$ 600 em janeiro de 2023 e o adicional de R$ 150 por família que tenha em sua composição crianças menores de seis anos de idade.
O texto que permite que esses gastos fiquem fora do teto por dois anos seguirá para o plenário do Senado. Da proposta original houve uma redução de R$ 30 bilhões. Além de programas sociais, o valor limite previsto para investimentos é de R$ 22,9 bilhões, que é resultado de excesso de arrecadação, segundo proposta original do PT. Com isso, o custo total fica em torno de R$ 168 bilhões.
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Os senadores já disseram que vão tentar reduzir o valor apresentando emendas no plenário. O acordo sobre a votação foi feito durante reunião da CCJ, já que o presidente do colegiado, Davi Alcolumbre (União-AP), queria resolver a questão nesta terça. Um voto simbólico do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) veio após pedir um novo relatório para reduzir R$ 30 bilhões, conforme acordo anunciado anteriormente pelo porta-voz da PEC, Jaques Wagner (PT-BA).
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O senador Davi Alcolumbre disse que o texto deve ser votado na quarta-feira no plenário do Senado. Sobre o cronograma de votação na Câmara, Alcolumbre disse que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se comprometeu a ratificar o texto quando for ao Senado.
O governo eleito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá retornar o programa Bolsa Família. Com isso, para garantir os repasses, as famílias e o poder público precisam assumir compromissos nas áreas de Saúde e de Educação. Neste caso, o governo tem a responsabilidade de garantir o acesso e a qualidade desses serviços.
De acordo com as regras do programa, cabe "ao poder público monitorar resultados, identificar motivos que impeçam o acesso das famílias aos serviços sociais básicos e agir para garantir o acesso". Sendo assim, as crianças menores de 7 anos devem ter o calendário vacinal em dia, além do acompanhamento do seu crescimento e desenvolvimento. Veja outras regras:
Vale ressaltar ainda, que quem descumprir essas regras condicionadas para o recebimento do Bolsa Família será desligada gradualmente do programa. Neste caso, primeiro a família irá receber uma notificação. Logo após, se o problema persistir, o benefício será bloqueado e só depois suspenso.
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