Nova proposta foi feita hoje (10) pelo governo para evitar paralisação dos servidores federais; encontro entre gestão e representantes saiu sem acordo
Uma nova proposta, visando abrir caminho para negociações segmentadas por categorias em relação a possíveis aumentos salariais, foi feita nesta quarta-feira (10). O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visa assegurar o compromisso de continuidade dos serviços públicos em troca dessas negociações.
Após uma reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente entre o governo federal e os servidores, chegou-se ao fim sem a concretização de um acordo. Agora, cabe aos representantes dos servidores fornecer uma resposta ao Ministério da Gestão até a próxima segunda-feira (15).
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A proposta governamental inclui ajustes a partir de maio deste ano: o auxílio-alimentação passaria de R$ 658 para R$ 1 mil, representando um aumento de 51,9%; o auxílio saúde teria um aumento de R$ 144,38 para aproximadamente R$ 215; e o auxílio-creche seria elevado de R$ 321 para R$ 484,90.
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Durante a reunião, o governo propôs que qualquer interrupção total ou parcial dos serviços públicos durante o processo de negociação resultaria na suspensão das negociações em curso para uma categoria específica. Contudo, fontes do governo indicam que o Ministério da Gestão recuou dessa condição horas após o encontro, devido à resistência por parte dos servidores.
Dessa forma, há uma tendência de que os servidores aceitem os reajustes nos benefícios até o início da próxima semana, enquanto continuam as discussões sobre os aumentos salariais segmentados por categorias.
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O governo enfrenta uma crescente pressão por parte dos servidores públicos em relação aos reajustes salariais. Após um aumento de 9% concedido em 2023, algumas categorias agora pleiteiam um aumento de 30% em 2024.
Antes do início das negociações, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que a equipe econômica está atualmente realizando os cálculos para avaliar a viabilidade de reajustes nos salários dos servidores nos próximos anos. No entanto, ele ressaltou que para o ano de 2024 isso não será possível devido ao orçamento já estar definido.
Ouvido pelo portal G1, Rudinei Marques, presidente do Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate), a ausência de um prazo determinado para o término das negociações pode resultar em um aumento das paralisações no país, vistas como o único meio de pressionar o governo.
Marques afirmou: “Nós temos a informação de que 20 categorias hoje já estão com algum processo de mobilização, seja operação padrão, paralisações esporádicas ou mesmo greve por tempo indeterminado, como é o caso das Instituições Federais de Ensino. E isso tende a se intensificar pelas próximas semanas e meses porque o governo não colocou uma data final para as negociações”.
No ano anterior, a proposta apresentada incluía reajustes nos benefícios, juntamente com aumentos salariais de 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026. No entanto, desta vez, o texto propõe que as negociações ocorram de forma segmentada por categorias, com aumentos salariais para todos os envolvidos.
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