Comissão do Senado aprovou na última quarta-feira (19) projeto que torna obrigatório conteúdo feminista nos currículos escolares; Saiba mais
Em uma importante decisão para a promoção da igualdade de gênero e da formação integral de estudantes, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal aprovou, na quarta-feira (19), a obrigatoriedade de conteúdo feminista nos currículos escolares do ensino fundamental e médio.
A iniciativa, encampada pela deputada Tábata Amaral (PSB-SP), visa alterar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e ainda precisa ser apreciada pela Comissão de Educação antes de seguir para votação em plenário.
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O projeto surge em um momento de grande relevância, marcado por debates acalorados sobre o papel da mulher na sociedade. A proposta se contrapõe à recente iniciativa na Câmara dos Deputados que busca equiparar o aborto após a 22ª semana de gestação ao crime de homicídio, gerando forte reprovação da sociedade civil e do movimento feminista.
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A inclusão de conteúdo feminista na grade curricular busca combater estereótipos e desigualdades de gênero, reconhecendo as valiosas contribuições das mulheres em diversas áreas do conhecimento, como ciência, tecnologia, artes, cultura, política e economia. A medida visa inspirar novas gerações de meninas e mulheres, promovendo sua autoestima e empoderamento.
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A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora do projeto na CDH, ressaltou a importância da iniciativa para combater a invisibilidade das mulheres na história. "Menos de 10% dos personagens nos livros didáticos de história são mulheres. É urgente resgatar as vozes e conquistas femininas, mostrando que elas sempre estiveram presentes e moldando o mundo ao nosso redor", afirmou a senadora.
Para além da inclusão curricular, o projeto institui a "Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História", a ser celebrada anualmente na segunda semana de março em todas as escolas de ensino fundamental e médio. A iniciativa visa promover debates, atividades e homenagens a mulheres que marcaram a história, inspirando novas gerações e combatendo a discriminação de gênero.
No mesmo dia, o Senado também aprovou o projeto do Novo Ensino Médio, que define uma carga horária mínima de 2.400 horas para as disciplinas obrigatórias, como português e matemática, distribuídas ao longo dos três anos letivos. A proposta reestrutura mais uma vez o ensino médio, etapa final da educação básica, após reforma implementada em 2017.
O texto inclui o espanhol como língua estrangeira obrigatória na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), juntando-se ao inglês como língua estrangeira exigida na lei atual. No entanto, estados e municípios alertam para as dificuldades na implementação da medida, devido à escassez de recursos para a contratação de novos professores.
Além disso, alguns entes federativos enfrentam regimes de recuperação fiscal, impossibilitando a criação de novos cargos públicos ou a realização de concursos.
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