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Desigualdade na inflação: Famílias ricas sofrem menos com alta de preços em março, diz Ipea

Ipea divulga nesta segunda-feira (15) nova pesquisa sobre o impacto da inflação nas diferentes faixas de renda no país; Famílias ricas sofrem menos

Carrinho de compras vazio em supermercado
Carrinho de compras vazio em supermercado - Divulgação JC Concursos
Jean Albuquerque

Jean Albuquerque

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 15/04/2024, às 15h34

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A disparidade nos impactos da inflação entre famílias de diferentes faixas de renda se destacou, revelando uma dinâmica interessante em março. As famílias com renda mensal mais alta, acima de R$ 21.059,92, sentiram menos esse peso em comparação com as de renda muito baixa, inferior a R$ 2.105,99. 

Enquanto a inflação oficial do país foi de 0,16%, o impacto para as famílias no topo da pirâmide foi de apenas 0,05%, contrastando com os 0,22% sentidos pelas famílias de renda mais baixa.

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Essa análise integra o estudo do Indicador de Inflação por Faixa de Renda, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta segunda-feira (15), que se desdobra do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A transição de fevereiro para março revelou que a inflação para as famílias de renda alta caiu de 0,83% para 0,05%, enquanto para as famílias de renda muito baixa, a desaceleração foi de 0,78% para 0,22%.

A pesquisadora do Ipea, Maria Lameiras, ouvida pela Agência Brasil, destaca que os preços dos alimentos e dos combustíveis foram os principais responsáveis por esse alívio inflacionário em março. 

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No entanto, as famílias de renda alta foram mais beneficiadas pela diminuição dos preços da educação, especialmente após os reajustes nas mensalidades escolares em fevereiro.

Essa disparidade na experiência inflacionária entre grupos familiares se deve, em grande parte, ao perfil de consumo de cada um. 

As famílias de baixa renda, por exemplo, são mais sensíveis às variações nos preços dos alimentos, enquanto as mais abastadas sentem mais os impactos nas passagens aéreas, que tiveram uma redução de 9,1% em março, resultando em uma descompressão ainda maior para essa faixa de renda alta.

No acumulado de 12 meses, a dinâmica se inverte. As famílias de renda muito baixa observam um aumento de 3,25% no custo de vida, abaixo da média nacional de 3,93%, enquanto os lares de renda alta enfrentaram uma inflação de 4,77%.

Nesse período, os alimentos representaram a maior contribuição para a inflação das famílias de menor renda, com um aumento de 0,79%. Já para as famílias de renda alta, os maiores impactos foram nos setores de transporte (0,97%) e saúde e cuidados pessoais (0,99%).

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