Na coluna desta semana, o colunista Gabriel Granjeiro recomenda que não adianta fazer tempestade em copo d’água, ou seja, as atitudes devem ser proporcionais aos atos. Leia o texto na íntegra!
Quem nunca fez tempestade em copo d’água que atire a primeira pedra. Reações desproporcionais aos fatos da vida são mais comuns do que gostaríamos. Quantas vezes direcionamos toda nossa energia a algo que mais tarde se revela uma grande bobagem? Quantos fios de cabelo branco ganhamos à toa, depois uma reação desmedida a um evento corriqueiro ou no mínimo comum?
Ora, o tempo é o mais valioso e menos renovável dos nossos recursos. Como podemos desperdiçá-lo assim?
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Simplesmente não podemos. Não podemos nos deixar dominar por coisas insignificantes. Não podemos dedicar a elas um segundo a mais do que o necessário.
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Acredite, quem compreende isso tem uma epifania e passa a enxergar a realidade como ela é e a dar atenção ao que de fato importa: a família, a saúde; os compromissos verdadeiros, não os criados pela imaginação.
Como resumiu o imperador romano Marco Aurélio, “é essencial para ti lembrar que a atenção que dás a qualquer ação deveria estar em devida proporção com seu valor... se não estiveres te ocupando com coisas menores além do que deveria ser permitido”.
Obviamente, de vez em quando surgem obrigações menos importantes com as quais temos de lidar; obrigações que, por mais bobas que pareçam, não podemos ignorar. O ponto, aqui, é tentar direcionar a elas o mínimo possível da nossa preocupação; é, sobretudo, não permitir que tomem conta da nossa vida, tirem nossa paz e capturem nossa essência; é apanhar as “raposinhas que estragam a vinha” (Cânticos 2:15).
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O escritor e psicoterapeuta norte-americano Richard Carlson (1961-2006), em seu já clássico “Não faça tempestade em copo d’agua...”, propõe algumas maneiras simples de impedir que coisas insignificantes nos privem do lado belo da existência. Vejamos, de forma resumida, alguns desses bons hábitos que podemos e devemos pôr em prática:
De acordo com Carlson, a vida é uma sucessão de copos d’água. Isso significa que ela é sujeita a agitações na forma de problemas, de pessoas difíceis, de algumas emergências... Significa, ainda, que, a depender do movimento – e quem quer ficar parado? –, águas tranquilas se convertem em turbulência. Seja como for, nada justifica que façamos tempestade nesses copos o tempo todo. Um problema resolvido é apenas isso, mais um problema resolvido. Haverá outros, pode ter certeza.
Então, sigamos em frente, lidando com as dificuldades à medida que surgirem, aproveitando o momento presente e descartando sem dó o que não é essencial. Avancemos para o próximo copo d’água sem receio e com menos vocação para provocar nele uma desnecessária tempestade.
*texto de Gabriel Granjeiro, diretor-presidente do Gran Cursos Online
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