Estudo analisou os níveis de endividamento entre os meses de julho e agosto de 2023. Pesquisa destacou importância dos canais digitais como ferramentas para a negociação de dívidas
O cenário da inadimplência no Brasil continua desafiador, com o estado do Rio de Janeiro liderando a lista com o maior percentual de pessoas endividadas, atingindo impressionantes 53,11% da população com dívidas. Em contrapartida, o Piauí se destaca como o estado com o menor índice de inadimplentes, registrando 35,40%.
Essas estatísticas emergiram de um estudo recente conduzido pela Paschoalotto, uma empresa especializada em recuperação de crédito, cujos resultados foram compartilhados com exclusividade pela CNN. O estudo analisou os níveis de endividamento entre os meses de julho e agosto de 2023.
Um dos aspectos revelados pela pesquisa é o valor médio das dívidas, que se encontra consideravelmente alto, atingindo R$ 1.369,28 por devedor. Além disso, as mulheres parecem estar mais endividadas do que os homens, representando 50,4% dos devedores, enquanto os homens correspondem a 49,6%.
A faixa etária que mais se destaca em termos de inadimplência é a de 41 a 60 anos, abrangendo 35% dos endividados. Logo em seguida, estão os indivíduos entre 26 e 40 anos, representando 34,5% do total, seguidos pelos maiores de 60 anos (18,3%) e, por último, aqueles com até 25 anos (12,2%).
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O estudo também identificou as principais razões que levaram à inadimplência, sendo o salário atrasado o motivo mais comum, respondendo por 29,59% dos casos. Outros motivos significativos incluem endividamento (23,8%), desemprego (14,8%), financiamento (8,12%) e redução salarial (8,37%).
Além disso, a pesquisa destacou a crescente importância dos canais digitais como ferramentas para a negociação de dívidas, com 22,5% dos pagamentos sendo negociados por meio desses canais.
Diante desse cenário alarmante, o governo federal tomou medidas para mitigar os impactos da inadimplência por meio do Programa Desenrola Brasil. Recentemente, o presidente Lula sancionou o projeto de lei que regulamenta o Desenrola, oferecendo aos brasileiros a oportunidade de renegociar suas dívidas.
Conforme a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os bancos renegociaram um impressionante volume financeiro de R$ 15,8 bilhões nos meses de julho, agosto e setembro, exclusivamente por meio do programa Faixa 2, proporcionando condições especiais para ajustar débitos bancários diretamente com as instituições financeiras.
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