O IBGE informa que a inflação oficial (IPCA) teve aumento nos preços em quase todos os grupos pesquisados, com destaque para alimentos e transportes
Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br
Publicado em 11/05/2022, às 10h14
A inflação oficial, que é medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), em abril avançou 1,06%. O indicador ficou acima da expectativa dos analistas do mercado financeiro, que esperavam um aumento de 1%. O índice mais alto para um mês de abril desde 1996.
Os dados foram publicados, nesta quarta-feira (11), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em relação aos dados de inflação acumulada em 12 meses, o IPCA atingiu a marca de 12,13%, a maior desde outubro de 2003. O mercado financeiro projetava um indicador um pouco menor que o registrado (12,07%). Em 2022, a taxa está em 4,29%.
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Com este resultado, a inflação está um pouco acima da meta definida pelo Banco Central (BC ou Bacen), que é de 3,5%. Ao considerar a margem de tolerância, o índice ainda está dentro dele, uma vez que é tolerado um avanço de 1,5 pontos percentuais, ou seja, até 5%.
Contudo, o último relatório do Boletim Focus do BC, que é uma reunião de análises sobre as projeções do mercado financeiro, estima que a inflação de 2022 deve fechar o ano com um IPCA na casa dos 7,89%. E ainda vale destacar que as estimativas já subiram 16 vezes seguidas.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta de preços em abril. Os alimentos, com inflação de 2,06%, tiveram o maior impacto na inflação oficial do mês.
“Em alimentos e bebidas, a alta foi puxada pela elevação dos preços dos alimentos para consumo no domicílio (2,59%). Houve alta de mais de 10% no leite longa vida, e em componentes importantes da cesta do consumidor como a batata-inglesa (18,28%), o tomate (10,18%), óleo de soja (8,24%), pão francês (4,52%) e as carnes (1,02%)”, explica o pesquisador do IBGE André Almeida.
Os transportes tiveram alta de preços de 1,91% e foi o segundo principal responsável pelo IPCA do mês. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 80% da inflação do mês.
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Entre os transportes, o principal responsável pela alta de preços foram os combustíveis, que subiram 3,20%, com destaque para gasolina (2,48%).
Também registraram alta de preços os grupos saúde e cuidados pessoais (1,77%), artigos de residência (1,53%), vestuário (1,26%), despesas pessoais (0,48%), comunicação (0,08%) e educação (0,06%).
O único grupo de despesas com deflação (queda de preços) foi habitação (-1,14%), devido à queda de 6,27% no preço da energia elétrica.
*com informações da Agência Brasil, IBGE e Banco Central
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