Esse tipo de apoio dos militares das Forças Armadas está previsto no Código Eleitoral. As tropas devem atuar em 167 localidades do estado do Rio de Janeiro e outros estados
O Ministério da Defesa anunciou que as próximas eleições exigirão o apoio de cerca de 34 mil militares espalhados pelas Forças Armadas. No próximo domingo, serão empregadas 430 embarcações de pequeno porte, 18 navios maiores, 3 mil veículos e 62 blindados, além de 47 aviões e helicópteros.
A pedido da Justiça Eleitoral, integrantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica atuarão em conjunto com outros órgãos de segurança pública. O Código Eleitoral permite o apoio logístico dos militares. Isso inclui o apoio à manutenção da ordem nos locais de votação, como a disponibilização de urnas em locais remotos, como regiões rurais, territórios indígenas e margens de rios.
As tropas devem atuar em 167 localidades do estado do Rio de Janeiro, conforme determinação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ). Maranhão solicitou apoio em 97 localidades. Forças de segurança também serão enviadas ao Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Piauí e Tocantins. Os TREs nesses estados requerem apoio logístico, inclusive em terras indígenas.
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse na quinta-feira (22/9) que as Forças Armadas pretendem enviar militares para fiscalizar a sala de segurança do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 2 de outubro. O atual chefe do executivo disse sarcasticamente que era "uma sala que ninguém sabe o que acontece lá dentro". A afirmação veio em entrevista a Sikêra Júnior, em que o chefe do Executivo voltou a defender o voto impresso, projeto que foi derrubado pela Congresso Nacional.
Bolsonaro costuma chamar a sala cofre de "sala secreta". No entanto, o TSE já esclareceu que é falsa a afirmação. O local ao qual ele se refere é a Seção de Totalização, onde cerca de 20 funcionários fiscalizam o funcionamento dos programas durante as eleições, e, em caso de falha técnica, fazem os devidos ajustes.
Durante todo o processo, diversos mecanismos de auditoria e verificação dos resultados podem ainda ser acompanhados pelos partidos políticos, pelo Ministério Público, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e por mais de uma dezena de entidades fiscalizadoras, além do próprio eleitor.
O TSE informou ainda que a proposta de que a apuração dos votos seja impressa manualmente pelos próprios trabalhadores das assembleias de voto, para substituir a apuração automática nas urnas eletrônicas, não criaria um mecanismo adicional de auditoria, mas representaria a volta ao antigo modelo de voto em papel, marcado por diversas fraudes na história brasileira.
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