Entenda as projeções do Boletim Focus do Banco Central e a revisão do IPCA para 2024. Como isso afeta a economia brasileira
O Boletim Focus desta semana manteve as projeções estáveis dos principais indicadores econômicos do Brasil, mas aumentou a previsão para a inflação de 2024. O relatório reúne as expectativas das maiores instituições financeiras do país e é organizado pelo Banco Central.
Essas estimativas para 2023 superam o centro da meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional. Com a meta de 3,25%, há uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, com mínimo de 1,75% e máximo de 4,75%. O Banco Central alerta que a chance de o índice oficial exceder o teto da meta em 2023 é de 67%.
A perspectiva do mercado para a inflação de 2024 também se mantém acima do centro da meta fixada em 3%, mas dentro da tolerância de 1,5 ponto percentual.
A alta dos preços da gasolina em setembro impactou o IPCA, registrando 0,26%, acima dos 0,23% de agosto, segundo o IBGE. No acumulado do ano, a inflação atingiu 3,50%, e nos últimos 12 meses, está em 5,19%.
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Os economistas mantiveram estáveis as projeções da taxa básica de juros, a Selic, em 11,75% para 2023 e 9,25% para o ano que vem.
O Copom, entre março de 2021 e agosto de 2022, elevou a Selic por 12 vezes, iniciando um ciclo de aperto monetário. Entre agosto do ano passado e deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes consecutivas.
Antes desse ciclo, a Selic havia sido reduzida para 2% ao ano, o menor nível da série histórica iniciada em 1986. Esta ação visava estimular a produção e consumo diante da contração econômica pela pandemia de covid-19. A taxa permaneceu nesse patamar de agosto de 2020 a março de 2021.
O Produto Interno Bruto (PIB) para o ano de 2023 permanece inalterado em 2,89%. No ano seguinte, em 2024, a projeção também se mantém estável, registrando 1,5%. Já para o ano de 2025, a expectativa é de um PIB de 1,9%.
O destaque vai para o segundo trimestre deste ano, que surpreendeu com um crescimento de 0,9% em comparação aos primeiros três meses de 2023, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao mesmo período do ano anterior, o avanço foi ainda mais expressivo, alcançando 3,4%.
Esses resultados impulsionaram o PIB, que acumula uma alta de 3,2% nos últimos 12 meses, demonstrando uma economia em ascensão. No primeiro semestre, o aumento foi ainda mais significativo, atingindo 3,7%.
O Boletim Focus mantém as projeções para o câmbio nos próximos anos. Para 2023, a estimativa permanece em R$ 5 por unidade da moeda estrangeira. Já para o ano seguinte, 2024, a projeção também permanece estável em R$ 5,05 por unidade.
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