Plenário virtual do STF irá julgar a partir desta sexta-feira (9) em plenário virtual sobre a decisão liminar que suspendeu o piso nacional da enfermagem
O piso nacional da enfermagem será julgado a partir desta sexta-feira (9) em plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros da Suprema Corte irão se reunir para decidir sobre a manutenção ou derrubada da decisão liminar do ministro Luís Roberto Barroso que suspendeu, neste domingo (4) a lei que instituiu o reajuste salarial para a categoria em todo o país.
Como justificativa, Barroso afirmou que é preciso avaliar ainda como ficará o quadro de empregos na área com a aplicação da nova lei. Para tomar a decisão, Barroso entendeu que a mudança pode gerar problemas financeiros para estados e municípios e provocar o fechamento de leitos por falta de profissionais.
A decisão aconteceu após ser atendido o pedido da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), que entrou na justiça por discordar da constitucionalidade da nova lei, além da entidade defender que a categoria corre o risco de ocorrer demissões em massa, já que o setor privado não tem mostrado ter condições para arcar com o reajuste.
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O texto já tinha sido aprovado pela Câmara e pelo Senado, que fixou em R$ 4.750 o teto do piso nacional de enfermeiros, o valor é correspondente ao cálculo do mínimo salarial de técnicos de enfermagem 70%, auxiliares de enfermagem 50% e parteiras 50%. Veja como fica os novos salários:
O julgamento que irá iniciar nesta sexta vai durar uma semana, podendo ser interrompido se algum ministro pedir para analisar a questão no plenário físico. Com isso, a decisão poderia ser mantida e o julgamento voltaria ao início.
Durante o dia de hoje, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), entraram em contato com Barroso para falar sobre o assunto, de acordo com informações da Época Negócios. A assessoria do STF afirmou que Pacheco irá se reunir amanhã com o ministro.
No início da tarde de hoje, em postagem no twitter, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que a Advocacia-Geral da União (AGU) vai defender no Supremo a lei aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro que determinou o piso nacional para a categoria.
Piso da enfermagem. Governo Bolsonaro defenderá através as AGU, advocacia geral da união a lei aprovado pelo congresso e sancionada pelo presidente da república, que determinou o piso salarial para enfermeiros e auxiliares de enfermagem. pic.twitter.com/WLJrauJhny
— Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP) September 5, 2022
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