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População "manipula" votos no 1º turno para favorecer o principal candidato. Entenda

Professor de Ciência Política alerta sobre os problemas do voto útil para um candidato e quais as possíveis consequências para o sistema político

População "manipula" votos no 1º turno para favorecer o principal candidato. Entenda
Agência Brasil
Victor Meira

Victor Meira

victor@jcconcursos.com.br

Publicado em 27/09/2022, às 15h57

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Em uma eleição altamente polarizada, muitos eleitores estão adotando a tática do voto útil. Mas o que seria esse fenômeno? Para te ajudar a compreender este conceito da ciência política, o JC Concursos explica o seu significado. 

Na reta final das eleições 2022, diversas pessoas estão usando as pesquisas eleitorais para combinar votos estratégicos para favorecer seus principais candidatos. 

Por exemplo, na esquerda, a campanha do ex-presidente Lula (PT) defende o voto útil para terminar as eleições ainda no 1º turno. Inclusive, na última pesquisa do Ipec, que foi divulgada ontem (26), o petista vence agora no 1º turno. 

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Em contrapartida, os defensores de Jair Bolsonaro (PL) pedem o voto útil para evitar uma volta do PT ao poder e a reeleição do atual presidente. 

Para a Agência Câmara, o cientista político Ricardo Ismael, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), explica que em um pleito tão disputado, como o atual, a tendência é de o eleitor votar, estrategicamente, não no candidato com o qual se identifica, mas escolher um nome que não seja o seu preferido, com o intuito de impedir que outro candidato seja eleito.

Ismael alerta que ao adotar tal prática, o eleitor tende a abandonar seu candidato preferido e pode enfraquecer o partido no qual ele é representado. Dessa forma, há uma redução da representatividade da bancada da preferência do eleitor no Parlamento. 

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Professor defende o voto consciente

Assim, o professor recomenda que os eleitores votem nos candidatos que realmente representam as suas preferências, ainda que o candidato tenha poucas chances de chegar no segundo turno. 

Contudo, ele sustenta que as pesquisas eleitorais não devem ser ignoradas. "É preciso ver as pesquisas com cautela e verificar todas as tendências", disse.

*com informações da Agência Câmara

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