Preciso atender o recenseador? Saiba como responder o Censo 2022 via internet ou telefone

O Censo 2022 começou no dia 1º de agosto e, até 31 de outubro, mais de 89 milhões de residências serão visitadas pelos recenseadores aprovados no concurso IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esse profissional é o responsável por levantar dados sobre diversos aspectos da vida dos brasileiros que servem para o governo tomar decisões em benefício da sociedade.

De acordo com o IBGE, os resultados do levantamento são indispensáveis para a elaboração de políticas públicas, pois o Censo é a única fonte de referência nacional para o conhecimento das condições de vida da população em toda as cidades, com detalhamento por divisões administrativas de cada prefeitura e, ainda, por áreas urbanas e rurais.

Portanto, responder ao questionário é fundamental para o país. O Censo ocorre a cada 10 anos, mas não foi realizado em 2020 por conta da pandemia da covid-19 e, no ano passado pela falta de recursos. A estimativa do instituto é a de que a população brasileira some em torno de 215 milhões de habitantes. No último levantamento, em 2010, o Brasil tinha 190,8 milhões de moradores.

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Sou obrigado a receber o recenseador?

Sim e não. Calma que o JC Concursos explica. No Censo 2022, há dois tipos de questionário: o básico, com 26 quesitos, leva em torno de 5 minutos para ser respondido. Já o questionário ampliado, com 77 perguntas e respondido por cerca de 11% dos domicílios, leva cerca de 16 minutos. A seleção da amostra que irá responder o questionário ampliado é aleatória e feita automaticamente no Dispositivo Móvel de Coleta (DMC) do recenseador.

Quem quer responder, mas não se sente confortável em abrir as portas da casa para o entrevistador entrar, tem a opção de preencher o questionário de forma online, pela internet, ou via ligação telefônica. Nesse último caso, basta agendar com o recenseador um dia para ele ligar. Caso prefira responder pelo site, o recenseador vai fornecer um e-ticket (espécie de cógido) e você terá até 7 dias para acessar a plataforma. Em todos os casos, o profissional vai precisar bater na sua porta.

Eventuais dúvidas que surjam durante o preenchimento online podem ser sanada por meio da central telefônica exclusiva disponibilizada pelo IBGE: o Centro de Apoio ao Censo (CAC) pode ser acionado pelo 0800 721 8181. Além de auxiliar quem quer responder sozinho, os agentes do CAC poderão preencher o questionário em entrevista, mediante aprovação do morador. O atendimento é feito diariamente, das 8h às 21h30.

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Depois que o recenseador encerrar a coleta no setor censitário, o supervisor retornará nos domicílios com morador ausente ou com recusa expressa e entregará uma carta de notificação, contendo um e-ticket válido por dez dias para o preenchimento pela internet. Será a última tentativa e, se não houver resposta, o domicílio será tratado estatisticamente.

Não caia em golpe no Censo 2022

É importante saber identificar os pesquisadores do IBGE e quais assuntos serão questionados para evitar sem vítima de eventual golpe. Todos os recenseadores estarão identificados com boné, colete e crachá. Dentro do crachá há um QR Code que pode ser lido pelo celular.

Com isso, o cidadão consegue confirmar o nome e a foto do recenseador e verificar se ele pertence ao quadro de servidores do Instituto. Também é possível checar a identidade do recenseador pela internet. Basta digitar o número da matrícula que consta no crachá no site do IBGE. Em caso de dúvida, basta ligar para o IBGE no número 0800 721 8181.

Confira abaixo o teor das perguntas, que não vão demandar o repasse de dados bancários e muito menos de senhas:

Questionário simplificado

• identificação do domicílio;
• informações sobre moradores;
• características do domicílio;
• identificação étnico-racial;
• registro civil;
• educação;
• rendimento do responsável pelo domicílio;
• mortalidade; e
• dados da pessoa que prestou as informações.

Questionário ampliado

• todas as perguntas do simplificado;
• informações sobre trabalho;
• rendimento;
• casamento;
• núcleo familiar;
• fecundidade;
• religião ou culto;
• pessoas com deficiência;
• migração interna e internacional;
• deslocamento para estudo;
• deslocamento para trabalho; e
• autismo.

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Jornalista formada pela Universidade Metodista de São Paulo, especialista em produção estratégica de conteúdo. Com mais de 10 anos de atuação na área, acumula experiência em redação de jornal online e assessoria de imprensa. Em 2018, quando atuava na agência FSB Comunicação, recebeu com sua equipe o prêmio internacional de melhor campanha em mídia social da América Latina, concedido pelo grupo Holmes Report. Também é advogada. No JC, escreve para as editorias de Sociedade e Concursos.