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Presidentes do Brasil que se recusaram a admitir a derrota. Veja nomes!

Com o posicionamento de Jair Bolsonaro nesta terça, a expectativa é de que ele não participe da cerimônia de posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva

Presidentes do Brasil que se recusaram a admitir a derrota. Veja nomes!
Reprodução
Victor Meira

Victor Meira

victor@jcconcursos.com.br

Publicado em 01/11/2022, às 23h43

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Nesta terça-feira (01), o presidente Jair Bolsonaro demorou mais de 40 horas para se pronunciar após a derrota eleitoral contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Durante o seu discurso, ele não mencionou em nenhum momento o nome do petista e nem foi claro ao reconhecer a derrota. 

Analistas políticos avaliam que Bolsonaro aceitou a derrota das eleições quando ele passou a palavra para o Chefe da Casa Civil, o ministro Ciro Nogueira, para comentar sobre o governo de transição.

E não é apenas isso, a coluna do Blog do Noblat do site Metrópoles informa que o plano de Bolsonaro é viajar para o exterior no final do ano para não ter que entregar a faixa presidencial para Lula. Com o atual presidente no exterior, caberá ao vice, o general Hamilton Mourão, senador eleito pelo Rio Grande do Sul, participar da cerimônia de posse do petista.

Essa não é a primeira vez que isso acontece. Já houve dois presidentes que não passaram a faixa para o seu sucessor. Uma curiosidade é que todos eles foram políticos militares.

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Marechal Floriano Peixoto

Pintura do presidente Floriano Peixoto
Divulgação: Centro de Memória da CMSP

O marechal Floriano Peixoto governou o Brasil durante os anos de 1891 e 1894, encerrando o período da República da Espada, quando o país foi governado por militares.

Floriano assumiu o poder em 1891 após a renúncia de Marechal Deodoro da Fonseca, que teve um governo bastante turbulento com a disputa entre positivistas e liberais. O grande desafio do Marechal de Ferro, alcunha de Floriano, era consolidar a república no Brasil, que acabara de ser instaurada em 1889.

Assim como foi o anterior, os três anos de governo Floriano foram movimentados, principalmente com a Marinha rivalizando espaço com o Exército para ter mais poder. Essa crise gerou a Revolta da Armada. 

Entre 1893 e 1894, embarcações da Marinha, sob a liderança de Custódio de Melo e Eduardo Wandenkolh, miraram seus canhões em direção à cidade do Rio de Janeiro e bombardearam-na por vários dias. O governo brasileiro contou com o apoio da Marinha norte-americana, que cercou os revoltosos, forçando-os a render-se.

Para consolidar o poder, Floriano governou de forma enérgica para evitar que grupos monarquistas aproveitassem as dissidências para reassumir o poder. O presidente reagiu com violência às revoltas sociais, com o final de governo suspendendo as liberdades individuais dos cidadãos. 

Apesar de ter o apoio da oligarquia paulista, a truculência do Marechal de Ferro o deixou isolado. Com isso, ele não conseguiu ter um candidato competitivo para a sua sucessão. 

Prudente de Moraes foi eleito em 1894 e se tornou o primeiro civil a assumir a presidência da república. Insatisfeito com a escolha do seu sucessor, Floriano Peixoto não compareceu à posse do terceiro presidente da história do Brasil. 

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General Figueiredo

Fotografia do general Figueiredo
Divulgação Palácio do Planalto

General Figueiredo foi o último presidente da ditadura militar. Ele governou entre os anos de 1979 e 1985. Ele foi responsável em promover o processo de reabertura política do país, ainda que tenha passado por uma forte crise econômica.

Entre as principais medidas adotadas pelo militar estão o fim do bipartidarismo, que permitiu a criação de novos partidos políticos no Brasil, e a anistia política dos militares e de presos políticos. 

Em 1985, o Congresso Nacional elegeu Tancredo Neves como primeiro presidente civil após a ditadura militar. Contudo, o presidente eleito apresentou um quadro de de diverticulite, doença inflamatória no intestino grosso, e morreu antes mesmo de tomar posse. 

Em seu lugar, assumiu o vice-presidente José Sarney. Durante a cerimônia de posse, o general Figueiredo não compareceu. Em 1999, um pouco antes da sua morte, o militar revelou, para a revista Isto É, o motivo de não ter ido à solenidade.

 "Ele sempre foi um fraco, um carreirista. De puxa-saco passou a traidor. Por isso não passei a faixa presidencial para aquela pulha. Não cabia a ele assumir a Presidência", disse.

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