Contra a suspensão do SFT, profissionais de enfermagem protestaram nesta quinta-feira (22) em todo o país; deputados e senadores buscam uma solução
Os profissionais de enfermagem protestaram em todo o país nesta quinta-feira (22) contra a suspensão do piso da categoria. Enquanto os profissionais da saúde se mobilizam, deputados e senadores buscam uma fonte de recursos para viabilizar o aumento de gastos dos hospitais públicos e privados.
A paralisação aconteceu nas capitais Recife, Salvador, Natal, Belo Horizonte e Brasília, segundo informações da Rádio Câmara. Na capital do país, esses trabalhadores fizeram uma manifestação em frente aos prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) para protestar contra a lei que estabelece o reajuste.
+ Restituição do Imposto de Renda: consulta ao último lote será liberada amanhã (23)
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram pelo placar de 7x4 em manter a suspensão do piso da enfermagem no valor de R$ 4.750 no último dia 16 de setembro.
LEIA TAMBÉM
A suspensão atendeu o pedido liminar feito Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde). Com a decisão, foi concedido o prazo de 60 dias para que possa ser encontrada uma solução no sentido de garantir o pagamento aos profissionais.
O texto já tinha sido aprovado pela Câmara e pelo Senado, que fixou em R$ 4.750 o teto do piso nacional de enfermeiros, o valor é correspondente ao cálculo do mínimo salarial de técnicos de enfermagem 70%, auxiliares de enfermagem 50% e parteiras 50%. Veja como fica os novos salários:
O PLP 44/2022 é o primeiro passo para garantir o pagamento do reajuste aos profissionais da saúde. A matéria foi apresentada pelo senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) e permite que estados e municípios possam realocar para outros programas da área da saúde os recursos que foram recebidos para o combate da pandemia de covid-19.
"Nossa ideia é aprovar já na próxima semana. Antes das eleições. O PLP já dá um sustento, um reforço ao orçamento dos estados e municípios", afirmou o senador em publicação da Agência Senado.
Também estão em estudo outras medidas que possam reforçar o financiamento estadual, municipal e federal no setor de saúde, além do que poderia ser pago na Santa Casa, Hospital da Misericórdia e setor privado. Uma das recomendações da avaliação foi a dispensa de salários para hospitais privados.
A lista de iniciativas inclui ainda a destinação de emendas parlamentares ao custeio com pessoal de saúde, bem como a aprovação de uma norma que incentiva os brasileiros a repatriar recursos para o exterior. A ideia é que essas novas receitas sejam destinadas a cobrir o reajuste.
Os senadores destacaram ainda que os recursos para atualização do valor dos bens móveis e imóveis no imposto de renda podem viabilizar o pagamento dos cuidados. Como o Regime Especial de Atualização e Regularização Patrimonial (Rearp) que pode ser criado por meio do PL 458/2021. Essa medida já foi aprovada no Senado e no momento aguarda votação na Câmara dos Deputados.
+++ Acompanhe as principais informações sobre Sociedade e Brasil no JC Concursos
Siga o JC Concursos no Google NewsSociedadeBrasilMais de 5 mil cidades no Brasil!
+ Mais Lidas
JC Concursos - Jornal dos Concursos. Imparcial, independente, completo.