Em dos principais argumentos de Tarcísio para privatizar a Sabesp é a melhoria e modernização na distribuição da água
Uma das principais promessas do candidato a governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), é a privatização da Sabesp. Inclusive, ele confirmou a sua intenção durante debate da TV Globo na última quinta-feira (27).
Apesar dessa intenção do ex-ministro da Infraestrutura, um levantamento do exterior realizado pela Public Services revela que houve um crescimento das reestatizações das empresas de serviços integrados de água, como o tratamento de esgoto e fornecimento de água potável, como a Sabesp.
Estudo aponta que mais de 220 empresas deste setor foram reestatizadas no mundo. O que isso quer dizer? Essas companhias foram privatizadas, mas por uma série de motivos, elas voltaram para o controle do Estado, como fim de contrato, quebra de cláusulas contratuais, desistência ou falência das empresas privadas, entre outros.
E não foram apenas as empresas de serviços integrados de água, houve a reestatização de empresas de energia elétrica (167), fibra ótica (126), gás (64), fornecimento de água potável (80) e coleta de resíduos (60)
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Vale citar que a Public Services é uma iniciativa criada a partir de parceria do Transnational Institute (TNI), sediado em Amsterdam (Holanda), com o projeto Globalmun, da Universidade de Glasgow (Escócia).
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Em mais de uma oportunidade, Tarcisio defendeu a privatização da Sabesp, embora ele não tenha divulgado qual será a estratégia para realizá-la. Em fevereiro, durante evento promovido pelo site de finanças TC transmitido pela internet, disse que a privatização da Sabesp seria uma meta sua.
Em sabatina para rádio Bandnews FM, de São Paulo, o candidato recuou sobre a proposta de privatizar a Sabesp. Em um primeiro momento, ele disse que não se irá realmente privatizar a companhia de águas, mas relatou que será estudado um plano para tirá-la do papel.
Em entrevista para a rádio Eldorado, do Grupo Estado, Tarcisio citou que vai estudar a privatização da Sabesp desde o primeiro dia do mandato com o objetivo de melhorar a prestação de serviços e deixar a tarifa mais baixa. Contudo, ele declarou que pode barrar a desestatização da companhia.
"Mas se a gente observar que a privatização, em alguma medida, pressupõe risco à prestação de serviço, para o cidadão, nós não faremos. A gente vai seguir com a empresa pública", afirmou.
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O candidato do PT, Fernando Haddad, rebateu a intenção de Tarcisio de privatizar a Sabesp. O professor de Ciência Política da Usp afirmou que a desestatização da empresa de águas irá promover um aumento dos preços.
Para reforçar o seu argumento, ele usa como exemplo a privatização da Cedae, no Rio de Janeiro. O petista comparou os preços cobrados nos dois Estados, mostrando que no Rio a tarifa é mais cara. A tarifa social, por exemplo, é mais do que o dobro pago pela população paulista.
“Não pode privatizar a Sabesp transferindo o lucro para ricos e deixando a conta para os mais pobres”, afirmou Haddad. “Privatização da água, aqui não”, disse a propaganda.
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