Mesmo quem nunca precisou acionar o Poder Judiciário já ouviu falar que o tempo de espera na Justiça brasileira é extenso. Existe um prazo de julgamento? Há um limite para obter a decisão para a demanda judicializada? A Constituição Federal prevê expressamente que o cidadão tem direito à duração razoável do processo.
Porém, não há definição de tempo na Carta Maior. O tempo total pode variar de acordo com inúmeras circuntâncias, entre elas o tipo de ação, a quantidade de sujeitos envolvidos, as provas a serem produzidas e até mesmo a cooperação das partes, que podem apresentar recursos apenas protelatórios e contribuir para a demora, por exemplo.
Além disso, o volume de processos também impacta na falta de celeridade. Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) indicam que foram abertas mais de 18 milhões de ações no país de janeiro a novembro de 2022. Já o relatório "Justiça em Números 2022" mostra que o Poder Judiciário terminou 2021 com 77,3 milhões de processos em tramitação, aguardando alguma solução definitiva.
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O Relatório Justiça em Números é, desde 2004, a principal fonte de estatísticas oficiais do Judiciário e traz a realidade dos tribunais brasileiros, com muitos detalhamentos da estrutura e litigiosidade no país. Segundo o último documento produzido pelo CNJ, o tempo médio de tramitação do processo de conhecimento, do ajuizamento até a baixa, é de 2 anos e 3 meses. Esse prazo inclui:
O tempo médio para obter uma sentença no processo de conhecimento é de 1 ano e 7 meses. Uma servidora pública que pediu para não se identificar, porém, está há mais de vinte anos com um processo para garantir um reajuste salarial.
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Para o advogado e professor universitário Fabricio Posocco, ouvido pela Agência Brasil, a sobrecarga do sistema judiciário é a principal explicação para a demora nos julgamentos. Ele ressaltou, porém, que a Justiça profere decisões mais rápidas em casos específicos, quando há urgência.
Além disso, o Código de Processo Civil brasileiro determina que as decisões devem ser aceleradas para pessoas com mais de 60 anos de idade, além de portadores de doenças graves e pessoas com deficiência.
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